O gerenciamento de riscos é um fator essencial para a qualidade dos serviços prestados pelas instituições de saúde, que são algumas das instituições mais complexas do ponto de vista administrativo. Esse é ponto defendido pelo advogado especializado em saúde e assessor da diretoria geral do Biocor Instituto nas áreas jurídica e de gestão, Arthur Pereira Paixão Filho.
O advogado apresentou durante o Seminário Femipa, que está sendo realizado de 21 a 22 de novembro em Curitiba, a experiência de sucesso do Instituto Biocor, que implantou uma rigorosa gestão de riscos e obteve várias certificações como as ISOs 9001, 14001, 18001, 25001 e foi a primeira instituição no mundo a receber a certificação 30001, com base nas normas do ISO 30001.
Ele contou que o hospital, fundado em 1985, atua hoje como hospital geral com foco em alta complexidade e conta com cerca de 1.250 funcionários e equipe de 370 médicos. Na instituição, o conceito de qualidade vai desde cumprir diretrizes e normas e também exigir de seus fornecedores o cumprimento, além de buscar atenção integral ao paciente e usar a tecnologia e a pesquisa em favor deles.
Para ele, a premissa básica do gerenciamento de riscos é administrar para atingir metas por meio de metodologia, alinhando planejamento, controle e ação, promovendo a saúde e segurança do paciente. “Precisamos entender, entre os pontos principais, que o risco somos nós e que trabalhar em equipe não é uma opção, é uma obrigação”, comentou.
Para ter sucesso é preciso ter indicadores e práticas definidas em relação ao assunto, com uma análise dos principais tipos de riscos, a situação atual, as consequências e as ações mitigadoras. No Biocor, são detectados atualmente 6.422 riscos em todas as áreas. Esses riscos são monitorados constantemente, com documentos que ilustram o setor, o procedimento, seus riscos, consequências e ações necessárias para mitigar os riscos, que estão disponíveis para todos os pacientes.
Outro ponto principal na gestão de riscos, como comenta o advogado, é a capacitação, treinamento e adequação das atividades de cada colaborador para adequação às normas e ao sistema de gestão. Há ainda procedimentos de controle rigorosos como check list do cumprimento das normas e atividades de melhoria contínua. “Esse é um trabalho que precisa envolver toda a comunidade, todos os envolvidos para que se obtenha sucesso, desde os colaboradores, fornecedores, pacientes e familiares”, declarou.
Fonte Assessoria de Comunicação Femipa
Jornalista Karla Losse Mendes