Foto: Sandro Nascimento/Alep O reajuste na tabela de procedimentos médicos e hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS) foi debatido em audiência pública na manhã desta terça-feira (9), no Plenarinho da Assembleia Legislativa. O encontro foi promovido pela Comissão de Saúde Pública da Casa, a pedido da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa), com a participação de representantes da Secretaria de Estado da Saúde,  gestores hospitalares e deputados. A mobilização faz parte da campanha nacional “Tabela SUS, Reajuste já”, que vem ganhando força em todo o país e conta esta semana com uma série de atos em diversos Estados.

As mudanças na tabela seriam especialmente para os atendimentos de baixa e média complexidade. Segundo o presidente da Femipa, Luiz Soares Khoury, a consulta médica paga ao profissional, conforme a exigência do sistema, que hoje no Paraná representa atendimento de 50% da população, seria de apenas R$ 10,00. “Isso tem feito com que muitos hospitais fechem as portas. Outros se descredenciaram do SUS. Outros vão morrendo aos poucos, se endividando em bancos para assegurar os custos de gestão. Portanto, se não nos mobilizarmos, não haverá nenhuma mudança e não teremos condições de trabalhar com estes valores”, alertou o dirigente.

Frente Parlamentar – Os deputados Douglas Fabrício (PPS), Nelson Luersen (PDT)  e Gilberto Martin (PMDB) também participaram da audiência e criticaram o modelo de responsabilidade estabelecido aos estados e municípios, e por consequência diminuindo a participação do governo federal nos repasses. Fabrício também lembrou que a Assembleia conta com a Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas de Misericórdia. “Temos este instrumento para auxiliar a Comissão de Saúde, com o apoio de diversos parlamentares. Não tenho dúvidas que a Frente poderá ajudar neste movimento para pressionar a União para mais recursos para o Paraná”, disse Fabrício.

Já Luersen destacou a necessidade da discussão, lembrando que por já ter exercido mandatos com prefeito, sabe do peso e das atribuições dos gestores municipais quando dependem de recursos da União. “Precisamos fazer com que a baixa e média complexidades tenham reajustes compatíveis”, frisou o deputado. Martin endossou a necessidade de mais recursos para a Saúde.

Fonte: Comunicação ALEP e Assessoria de imprensa Femipa