O Hospital Uopeccan, de Cascavel, foi credenciado pelo Ministério da Saúde (MS) para realizar transplantes de fígado no Paraná. O local é o primeiro a fazer este tipo de procedimento no interior do Estado, os outros seis hospitais habilitados a realizar esse tipo de transplante ficam em Curitiba e região metropolitana.

“Esse foi um dos credenciamentos mais rápidos que já tivemos. 20 dias após a visita das equipes do MS, tivemos a publicação oficial. Agora vamos trabalhar para que o primeiro transplante ocorra o mais breve possível com toda a eficácia e segurança”, garante o diretor da 10ª Regional de Saúde, Miroslau Bailak.

A implantação do Centro Avançado do Fígado começou há cerca de cinco anos e o credenciamento para o serviço ocorreu apenas após o cumprimento de todos os requisitos estabelecidos pelo Sistema Nacional de Transplante. A portaria nº 1.190 foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (17).

Para conquistar o credenciamento, o Uopeccan precisou cumprir uma série de itens exigidos pelo Ministério da Saúde. Foram necessárias modificações na estrutura, assistência radiológica e laboratorial, melhoramentos na UTI e recrutamento de equipe capacitada na área.

OUTRAS REGIÕES – 
Além da região de Cascavel, o hospital atende pacientes de outras sete regionais de Saúde: 5ª RS – Guarapuava, 7ª RS – Pato Branco, 8ª RS – Francisco Beltrão, 9ª RS – Foz do Iguaçu, 11ª RS – Campo Mourão, 12ª RS – Umuarama e 20ª RS – Toledo.

“Este é um passo muito importante para integrar o interior do Paraná ao tratamento hepático. O Centro Avançado do Fígado vai proporcionar cuidado mais intenso e focado neste órgão. Ganha o paciente e ganha o setor da saúde”, comenta o coordenador do Centro, Luis Bredt.

DOAÇÃO – Atualmente no Paraná 94 pessoas aguardam por um transplante de fígado. A fila para este tipo de procedimento é menor apenas que a do transplante de rins. Nos primeiros cinco meses deste ano, foram realizados 103 transplantes desse tipo.

Bailak também relembra que para que os transplantes ocorram é necessário que aconteçam as doações de órgãos. “Precisamos abordar o assunto com nossas famílias para que saibam do desejo de se tornar um doador de órgãos e, em caso de morte, autorizem a doação. Quanto mais doações, mais vidas podem ser salvas”, complementa.

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde