Iniciativas inovadoras, cases de sucesso e boas práticas estiveram presentes no 2º Prêmio Femipa de Melhores Práticas e Criatividade 2019. Na categoria Gestão de Pessoas, apresentaram o trabalho o Hospital Ministro Costa Cavalcanti, de Foz de Iguaçu, e o Hospital Universitário Cajuru, de Curitiba.

A premiação é uma iniciativa da Femipa para reconhecer as melhores práticas dos hospitais paranaenses com o objetivo de melhoria da qualidade da gestão dos hospitais e da assistência à população do Estado. Nesta edição, puderam participar da premiação também os hospitais não filantrópicos.

 Confira os finalistas:

Gestão do Clima organizacional: estratégia para a gestão de pessoas

“Gestão do Clima Organizacional: estratégia para a gestão de pessoas”, foi a primeira experiência de sucesso, apresentada por Fernando Cossa, diretor administrativo-financeiro do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, de Foz do Iguaçu.

Segundo ele, a Gestão de Pessoas passou a figurar no Planejamento Estratégico da instituição desde 2006. Em 2014, o hospital adotou a pesquisa com metodologia baseada no livro “Gestão do Clima Organizacional”, publicado por Ricardo Luz. A pesquisa é aplicada a cada dois anos e é composta por 11 variáveis.

De acordo com o diretor do hospital, antes da pesquisa, a iniciativa é comunicada a todos os colaboradores pelos canais de comunicação da empresa e em reuniões. A pesquisa é aplicada por meio de um link, está disponível em papel em pontos estratégicos da empresa e também é levada diretamente aos departamentos por uma equipe itinerante.

Nas edições de 2016 e 2018 o nível de satisfação apontado pelos funcionários foi de 86%, próximo à meta da empresa que é de 90%. De acordo com Cossa, essa tem se mostrado uma ferramenta importante para a empresa. “É uma ferramenta de gestão que nos permite avaliar aspectos que podem melhorar e aprimorar nossos processos”, contou.

Entre as mudanças que o projeto possibilitou à empresa estão melhorias de estrutura do refeitório, alteração dos cardápios, implantação da rede wi-fi para a área de descanso, que também foi ampliada e recebeu mais poltronas. Soluções simples, mas essenciais como mudanças no uniforme e melhorias no cartão ponto para não causar tumultos no momento de registrar a presença também foram resultados da pesquisa.

A devolutiva de resultados também é realizada. Os dados gerais são debatidos pelos diretores e gerentes de departamentos e divisões e dados estratificados são apresentados para cada gerente de área. Os resultados também são divulgados para todos os colaboradores, inclusive com a comparação com as pesquisas anteriores. Para cada ponto que pode ser melhorado é elaborado um plano de ação que recebe acompanhamento até a próxima pesquisa.

Elbaoração e implementação de Programa de Saúde Corporativa: integração de sinistralidade em saúde suplementar, qualidade de vida e saúde ocupacional

O Hospital Universitário Cajuru também transformou o modo como cuida da saúde dos funcionários ao modificar e implantar ações de Saúde Corporativa. O projeto “Elaboração e Implementação de Programa de Saúde Corporativa: integração de sinistralidade em saúde suplementar, qualidade de vida e saúde ocupacional” foi apresentado pelo Coordenador de Saúde Corporativo do Grupo Marista, Guilherme Murta.

Ele comenta que para implantar o sistema considerou as interligações entre a sinistralidade, a qualidade de vida e saúde corporativa. No campo da Saúde Ocupacional, o hospital implantou uma gestão mais próxima, integral e integrada, analisando com profundidade os dados referentes a afastamentos ou outros eventos do setor. Além disto, houve uma padronização dos procedimentos de Saúde Ocupacional, além de auditoria das informações. A instituição também ampliou sua forma de contratação de Pessoas com Deficiência, passando a incluir pessoa reabilitadas, o que auxiliou no cumprimento da legislação e se tornou uma iniciativa também de responsabilidade social.

Na área de Qualidade de Vida, o hospital implantou programas de qualidade de vida para os colaboradores, levantando um perfil epidemiológico e atuando prioritariamente nas áreas mais sensíveis. Na atenção em saúde, houve uma valorização da Medicina da Família, o acompanhamento dos casos, campanhas de saúde e novas formas para a realização de check-ups de executivos com custos menores de adequados aos protocolos.

O médico contou também que na Gestão Técnica de Sinistralidade há agora um maior acompanhamento da utilização do plano de saúde, além de outras mudanças. Uma delas é a janela de inclusão para os dependentes dos colaboradores, ou seja, depois do ingresso do funcionário na empresa, aqueles que optarem por não incluir seus dependentes em planos de saúde poderão realizar a inclusão apenas em uma outra janela, período específico para isso. Há também novas formas de contratação das operadoras de saúde, o que permitiu ampliar o volume de pessoas atendidas de 43% para 89%. Com as modificações, a sinistralidade foi reduzida em 57,16% com redução de 60% nos custos para a empresa e um atendimento mais próximo do colaborador.

Fonte: Assessoria de imprensa Femipa - Interact Comunicação - Karla Losse Mendes