O cirurgião André Luiz Moreira Rosa, de Porto Alegre (RS), referência nacional em hernioplastia, esteve no Hospital Mater Dei, em Londrina (PR), ensinando uma técnica menos invasiva e de melhores resultados para hérnias inguinais. Difundida nos Estados Unidos e já usada também em grandes centros médicos do Brasil, a correção de hérnia inguinal com mini-incisão e tela tridimensional, é novidade na região de Londrina.

“Não senti nada, nada, nenhuma dor, nada. Saí do hospital andando, nem parece que operei”, afirma o empresário Kléber Pinto de Oliveira, 58 anos, um dos pacientes submetidos à nova técnica em Londrina. Kléber havia operado uma hérnia do lado esquerdo há dois anos. “Da outra vez saí do hospital de cadeira de rodas e fiquei dois meses deitado. É outra vida, nem dá para comparar”, ressalta.

Outros três pacientes, todos do cirurgião Luis Carlos Adas, responsável pela vinda do especialista, foram operados com a nova técnica. Além de Adas, os cirurgiões Antonio Carlos Valezi, Aubner Lyra Júnior e Jesus Ceribelli também participaram das cirurgias realizadas no Mater Dei. Os pacientes tiveram alta 4 horas depois. Os médicos orientam que, mesmo sem dor ou outros sintomas, é preciso esperar dois meses para realizar atividades físicas pesadas, de alta performance.

BENEFÍCIOS – “Mini-incisão significa menos trauma cirúrgico, menos agressão e, portanto, menos dor para o paciente”, argumenta o médico André Rosa. O procedimento é feito, em cerca de 30 minutos, por uma incisão de 4 cm, com anestesia local.  Para isso, é preciso, de acordo com o médico, o uso da tela tridimensional. Ele explica que esta tela é acoplada ao local, com dupla proteção, em cima e embaixo do local da hérnia, enquanto a tela plana funciona como uma espécie de remendo e precisa de uma margem maior para ser fixada.

André Rosa afirma que a reincidência das hernioplastias sem colocação de tela é de 10% a 15%. Com o uso da tela plana, segundo ele, o índice de recidiva cai para 2%. “Com a tela tridimensional dupla temos menos de 1% de recidiva”, compara. Cirurgião do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, Rosa é um dos sócios do Hérnia Center que atua na educação médica especializada, depois de ter sistematizado os passos operatórios da técnica.

O cirurgião Luis Carlos Adas estima que em torno de 60% dos casos de hérnia operados no Mater Dei podem ser enquadrados na nova técnica. Ele calcula que em Londrina sejam mais de 2.000 hernioplastias por ano. No Brasil, os médicos estimam mais de 350 mil casos de hérnia por ano.

Adas ainda destaca as vantagens econômicas da técnica. “É um procedimento mais rápido, com menos tempo de uso de sala cirúrgica, e sem precisar de internação. Barateia para o hospital e para o convênio”, destaca Adas.  A tela tridimensional já é coberta pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: Assessoria de comunicação Iscal