09.05Na manhã desta quarta-feira (07), durante o 23º Congresso do Fehosp, no Guarujá (SP), a Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB) reuniu mais de 30 hospitais de ensino, abrangendo vários estados.

O principal objetivo foi pautar as prioridades do planejamento estratégico da CMB, convocar os hospitais para um trabalho conjunto, para uma agenda propositiva periódica e o enfrentamento das políticas e do sub financiamento de todo o sistema de saúde.

“Nosso trabalho em prol do financiamento é parcial, enquanto todas as entidades, principalmente as grandes instituições e as instituições de ensino não se engajarem, não vamos conseguir avançar. O que conquistamos nos últimos meses é insuficiente. Já temos 29 hospitais de ensino que ingressaram na CMB, como mantenedores, o que vai nos possibilitar realizar uma reestruturação profissional, mas nossa expectativa é reunir os 50 maiores hospitais do Brasil, além da forte atuação das nossas federações. Só assim vamos conseguir colocar em prática nosso planejamento e fazer frente às questões essenciais para a sobrevivência de nossa rede”, destaca o presidente Edson Rogatti.

O presidente da Federação do Rio Grande do Sul, Julio Dornelles Matos, fez a exposição do planejamento e diretrizes da CMB, destacou também que será organizado  um departamento para a discussão permanente da situação dos hospitais de ensino e as políticas públicas. “A constituição de um núcleo consultivo do segmento de ensino para definições estratégicas e diretrizes será uma das prioridades da CMB. Vamos buscar um planejamento específico para essa parcela fundamental da assistência. Pretendemos manter um grupo que conduza as questões jurídicas específicas, vamos promover com esses hospitais uma grande rede de ensino continuado, vamos nos posicionar diante dos desafios, como a ampliação da carga horária dos enfermeiros e as dificuldades na certificação de nossos hospitais”.

Na oportunidade, as forças, ameaças, fraquezas e oportunidades do setor foram elencadas para estabelecer as prioridades, promover o debate entre os participantes e definir os principais objetivos, dentre eles: estimular o fortalecimento do segmento a partir da base associativa, aperfeiçoar as relações interinstitucionais, com enfase em sustentação política, implementar a gestão executiva profissional, aprimorar a infraestrutura técnica e administrativa e assegurar a sustentabilidade financeira da CMB.

No debate, as principais metas estabelecidas foram apoiadas:

– Ampliação do custeio da média complexidade – estabelecer novo IAC correspondente a 100% do valor contratado com o SUS, para todos os hospitais do segmento, nos moldes da Portaria GM/MS nº 2.035/2013, com aperfeiçoamentos a serem condensados;

– Ampliação do IAC cumulativo para os Hospitais de Ensino para 20%, tal como previsto na Portaria GM/MS nº 2.035/2013, bem como destinação de recursos para pagamento da integralidade de bolsas de residências médicas, hoje sob responsabilidade dessas instituições;

– Extensão do PROSUS para solução de dívidas com o sistema financeiro, alcançando juros máximos de 4% ao ano e prazos mínimos de 120 meses, com carência de dois anos, tendo como parâmetro políticas atinentes ao setor da agricultura e/ou setores da indústria brasileira;

– Criação de linha de recursos de investimentos, a fundo perdido, aos moldes do REFORSUS, tanto para tecnologias como para adequeções físicas;

– Implementação do sistema de educação continuada, a distância, para toda a rede do segmento, com programação sob responsabilidade dos hospitais de ensino, com ênfase em desenvolvimento técnico e gestão;

– Estruturação de setor profissional para gestão do relacionamento com o sistema suplementar;

– Estimular a criação de Federações estaduais com legitimidade sindical;

– Ampliar o fortalecimento político do setor.

Fonte: Newsletter Expressinho CMB