susA Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados promove hoje um seminário de avaliação do Sistema Único de Saúde (SUS). O evento está marcado para as 14 horas, no Plenário 7.

O SUS acaba de completar 25 anos de atividade, mas ainda não consegue cumprir a missão constitucional de garantir acesso universal e igualitário da população ao atendimento de saúde.

O seminário de avaliação dos 25 anos do SUS contará com representantes do Conselho Nacional de Saúde, do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva e da Fundação Oswaldo Cruz. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também foi convidado.

Identificar falhas e apontar soluções
A iniciativa do seminário partiu do presidente da comissão, deputado Doutor Rosinha (PT-PR). Segundo ele, a intenção é analisar o atual modelo para identificar falhas e apontar sugestões que construam um “sistema de saúde democrático e solidário”.

“O SUS tem a mesma idade da nossa Constituição brasileira, ‘a Constituição Cidadã’. E um dos processos da Constituição que constroem a cidadania é o Sistema Único de Saúde. É o primeiro instrumento de inclusão social”, ressalta o parlamentar.

“Então, é importante ter uma avaliação do quanto nós avançamos, das falhas que existem e das propostas que podemos elaborar e apresentar na avaliação desses 25 anos do SUS”, argumenta Dr. Rosinha.

Desigualdades regionais
Audiências públicas da Comissão de Seguridade Social já mostraram que a má distribuição de serviços profissionais e as desigualdades regionais estão entre as principais queixas da população quanto ao SUS.

Doutor Rosinha cita algumas das soluções que serão discutidas no seminário e que poderão influenciar as ações futuras do governo. “Hoje, todo o debate em torno do SUS tem demonstrado a necessidade de um maior financiamento. O segundo tema é: se aumentar o financiamento, onde investir esses recursos? É lógico que aí poderemos encontrar mais de uma opinião, mas sou daqueles que defendem que seria no atendimento básico à saúde, porque sabemos que, se fizermos uma rede básica universalizada, nós conseguiremos fazer o atendimento de 80% dos problemas, antes que a doença se complique e, portanto, evitando maiores despesas com especialistas e internações.”

Fonte: Agência Câmara de Notícias