image2Dando continuidade às salas temáticas do 8º Seminário Femipa, a segunda palestra da sala de gestão hospitalar ficou a cargo de Nancy Malschitzki, da Fae Business School, que falou sobre “Gestão e liderança na área da Saúde”. Segundo a palestrante, a visão de negócio no setor ainda é muito recente e, por isso, quando se pensa em gestão, fala-se em otimização de recursos, como materiais econômicos, equipamentos etc. Mas, na opinião dela, o principal deveria ser a otimização da utilização dos recursos humanos dentro das instituições de saúde, porque as pessoas são os ativos mais importantes dentro das entidades, já que sem elas nada acontece.

“Existe diferença entre gestão de pessoas e liderança. Ser gestor é apenas pertencer a uma função hierárquica de linha na estrutura organizacional na gestão, supervisionando as atividades dos colaboradores. Já a liderança é a capacidade de influenciar pessoas em direção à realização de objetivos. Para isso, é preciso habilidade de dialogar, de perceber, de encaminhar, o que é muito difícil, pois estamos numa cultura assistencialista. Temos que focar nas pessoas, na performance das pessoas, mas também devemos focar em resultados, ou seja, como as pessoas trazem esses resultados e de que forma auxiliam para isso”, explica.

Para a especialista, um gestor de pessoas deve estar numa posição de linha para poder tomar decisões, mas também precisa ter habilidades e atitudes de líder para conduzir sua equipe da melhor maneira possível pra que eles tragam resultados. Hoje, ela ressalta que esse assunto não é mais responsabilidade da área de Recursos Humanos de um hospital, porque são os gestores que buscam as competências que eles precisam para determinado trabalho. É ele quem escolhe, desenvolve e retém talentos. “É dever do gestor é conhecer e descobrir as características pessoais de cada colaborador. Além disso, os gestores precisam saber trabalhar com a diversidade de pessoas e gerações”, declara.

De acordo com Nancy, o líder cria em sua equipe um senso compartilhado de destino, mas, na opinião ela, existem muitas dificuldades, porque os colaboradores ligados à saúde estão acostumados a pensar somente no presente e a buscar resultados no curto prazo. Dessa forma, não se pensa no planejamento de futuro, porque a velocidade de mudanças é constante.

“Precisamos parar um pouco para observar e para escutar as pessoas. Usem o tempo para fazer gestão de pessoas em cima de três palavras: parar, olhar e escutar. Será que não estamos operando no piloto automático? Você acredita que sabe tudo o que precisa saber? Está agindo a partir de um único ponto de vista ou tenho uma visão sistêmica?”, indaga.

Por fim, a palestrante deu algumas dicas para que os gestores possam alcançar melhores resultados com suas equipes:

– Reflita sobre o passado, que não existe mais, mas é o prólogo do futuro e serve de referência para tomar decisões para o futuro;

– Perceba o que está acontecendo neste momento e se antecipe ao que pode estar além da colina e ao fim da curva;

– Também delegue atividades, porque quando não delegamos as pessoas não se sentem parte do processo.

– Planeje, pense no futuro, trate de fazer prospecções;

– Dê o exemplo e utilize as ferramentas disponíveis. Quanto mais isso acontecer, mais será possível mostrar à equipe que o gestor está antenado e tomará as decisões necessárias.

Fonte: Assessoria de imprensa Femipa