Hoje, 08 de agosto, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, data especialmente criada para conscientização sobre a importância de adotar hábitos de vida saudáveis como forma de prevenir as doenças cardiovasculares. Para quem não sabe, o colesterol é uma espécie de composto químico gorduroso produzido no fígado e transportada no sangue. É importante destacar que o colesterol desempenha diversas funções importantes para o organismo, como é o caso do HDL – ‘colesterol bom’, que remove o excesso de colesterol circulante e ajuda a manter o equilíbrio do organismo. Por outro lado, o LDL, conhecido como ‘colesterol ruim’, é responsável por grande parte do processo de aterosclerose (acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos).

A dislipidemia (colesterol elevado), na maioria das vezes, não apresenta sintomas, e exatamente por ser uma doença silenciosa pode trazer grandes riscos à saúde. O excesso de produção do colesterol LDL é um dos principais causadores das doenças cardiovasculares, entre elas o infarto o e acidente vascular cerebral (AVC), que podem levar à morte.

Fatores de risco

Os níveis de colesterol são influenciados pelo fator hereditário e pelos hábitos de vida. Ou seja, sedentarismo, hipertensão arterial, diabetes, obesidade, hábito de fumar e histórico familiar são fatores de risco.

“Para determinar o nível ideal de colesterol de cada paciente deve-se considerar todos esses fatores de risco além da presença de doença subclínica ou clínica no indivíduo (ex: história de infarto, presença de placas de aterosclerose nas coronárias, carótidas, etc.). Níveis altos de LDL podem causar o desenvolvimento de placas de gordura nos vasos sanguíneos, o que leva a redução do fluxo sanguíneo e, com isso, predispõe a infarto agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico (AVE – conhecido popularmente como ‘derrame’), doença obstrutiva periférica (redução do fluxo sanguíneo para as pernas), disfunção sexual, dentre outros, dependendo do vaso acometido”, alerta a médica cardiologista da Santa Casa de Curitiba, Dr. Marcely Gimenes Bonatto.

Prevenção

Manter um estilo de vida saudável, isto é, alimentação rica em frutas, verduras, gorduras ‘boas’ e pobre em gordura saturada, praticar atividades físicas regularmente, não fumar, manter o peso normal, colaboram para manter os níveis do colesterol adequado. “É importante destacar que, além disso, é recomendado medir os níveis de colesterol regularmente, principalmente em indivíduos de maior risco, quando o tratamento com remédios pode ser necessário”, completa.

Assim, principalmente no caso das doenças silenciosas, como o colesterol elevado, o ideal é visitar o médico e fazer um check up regularmente.

Crianças e adolescentes

O fator hereditário tem papel importante na prevenção contra o colesterol LDL (considerado ruim) na infância e adolescência. O assunto é sério e merece atenção especial dos pais e responsáveis, uma vez que dados recentes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) apontam que 20% das crianças e adolescentes, entre 2 e 19 anos, apresentam níveis elevados de gordura no sangue.

Segundo o Hospital Pequeno Príncipe, é fundamental um alerta para a necessidade da investigação do histórico familiar e manutenção de hábitos saudáveis. “É preciso investigar os casos de doenças cardíacas ou vasculares, como o AVC, por exemplo, na família. No caso de crianças adotivas, em que não se conhece a família biológica, é importante também realizar exames para saber como está o colesterol”, explica a endocrinologista pediátrica do Hospital Pequeno Príncipe Gabriela Kraemer.

A médica lembra que a diabetes e a obesidade também exigem um cuidado especial. “Os pediatras têm que ficar atentos, pois os valores de referência de colesterol são diferentes de criança para adulto. Existem diretrizes do Ministério da Saúde para solicitar exames de colesterol para o público infantojuvenil”, completa a especialista.

 

Fonte: Hospital Pequeno Príncipe e Santa Casa de Curitiba