A mudança do modelo de atenção às gestantes e as crianças do Estado começa a ser sentida pela população. O programa Rede Mãe Paranaense completa um ano este mês, com ações que reduzem a mortalidade de gestantes e de crianças. O acompanhamento pré-natal é feito com no mínimo sete consultas e 17 exames e há garantia de ambulatório especializado para gestantes e crianças de risco, de parto com a vinculação ao hospital e acompanhamento de todas as crianças menores de um ano.

No ano passado, foram investidos R$ 90 milhões na implantação da rede, com a capacitação dos profissionais da atenção primária e com o fortalecimento dos hospitais de referência para gestantes de alto risco, pelo programa HospSUS. Para este ano, estão previstos R$ 126 milhões para a rede. Entre outras ações serão vinculadas 87 maternidades que atendam gestantes de risco habitual e risco intermediário e a consolidação dos centros Mãe Paranaense nos 22  consórcios intermunicipais de saúde.

O Governo também elaborou carteiras da gestante e da criança. Todas as informações do pré-natal, pós-parto e acompanhamento da criança são anotadas nas carteiras que o governo do Estado distribui para todos os municípios.

“Uma rede de atenção não nasce pronta e este primeiro ano foi de muito trabalho. O primeiro passo foi reduzir o déficit de leitos de UTI neonatais no Estado, construir e equipar as unidades da saúde da família, onde são realizados os pré-natais”, afirmou o secretário da Saúde, Michele Caputo Neto.

Foram concluídas 64 unidades do programa e 103 estão em construção, para completar as 167 previstas. O Governo também investiu na capacitação de 30 mil profissionais de saúde, em parceria com as sociedades médicas e de enfermagem.

PRONTIDÃO – Outra maternidade que será credenciada à Rede Mãe Paranaense para atender gestantes de risco habitual e risco intermediário é o Hospital Cristo Rei de Ibiporã, Norte do Estado. Cintia Caetano mora nessa cidade, faz o acompanhamento da gravidez na unidade básica de saúde e foi conhecer a maternidade onde ganhará o bebê. “A enfermeira já avisou que se eu sentir qualquer dor devo vir direto para esta maternidade. Estou bem mais tranquila”.

Rafael Leite Vicente nasceu prematuro de 34 semanas (oito meses e meio) e precisou ficar 10 dias internado na UTI neonatal do Hospital Evangélico de Londrina para ganhar peso. Os pais Alex Vicente, 33 anos, e Aline Cristina Leite Vicente, 32 anos, moradores de Londrina, acompanham o crescimento dele com otimismo. “Fiz todo o acompanhamento de pré-natal, mas a bolsa rompeu antes do previsto. Fomos muito bem acolhidos dentro da UTI”, afirmou a mãe. O Hospital Evangélico de Londrina recebe do Programa HospSUS R$ 160 mil por mês para ser referência para gestação de risco na Rede Mãe Paranaense.

 

Fonte: Bonde