rosane_baixaPara finalizar o dia de entrega do documento com as propostas da Saúde para o governo do Estado, foi a vez de Rosane Ferreira, enfermeira e candidata a vice-governadora na chapa de Roberto Requião, falar com os presentes.

No início, Rosane contou um pouco da sua história de vida, para mostrar aos participantes que entende como é o sistema de saúde no Brasil hoje. Em seguida, falou sobre a questão das 30 horas para enfermagem, que é uma grande discussão em todo o país. Ela defendeu a classe, dizendo que os enfermeiros precisam ganhar bem para que possam ter um único emprego e dedicação exclusiva. Porém, segundo ela, não basta apresentar um projeto de lei; é preciso dizer de onde vem a fonte e como pagar esse custo.

“Temos que fazer a conta, porque do jeito que está não dá para ficar. Não adianta impor. Temos que ter essa discussão. O erro na Câmara de Deputados foi enrolar, levar com a barriga, querer ganhar em todas as pontas. O Ministério tinha que assumir isso diante de toda a categoria, pensar em como remunerar melhor, como fazer para se ter um único emprego de 40 horas. É isso que tínhamos que ter discutido. O governo não pode usar as santas casas como desculpa. A marcha dos prefeitos foi para lá com três mil prefeitos, dizendo que os deputados legislam e dão a conta para os prefeitos pagarem, ou seja, fazem a cortesia com o chapéu alheio. Isso está muito claro. Eles disseram que só aceitariam a redução da carga horária da enfermagem se o Ministério complementasse os salários. Isso é para as prefeituras. E para as santas casas e hospitais filantrópicos?”, indaga.rosane baixa_2

Sobre as propostas do setor filantrópico para a saúde, Rosane garantiu que estará à disposição para discutir, já que atuou na área e sabe das necessidades. Ela fez, ainda, um apelo aos presentes para que não desistissem do SUS, pois o SUS precisa dos hospitais beneficentes e santas casas. Ela disse que o Estado está no limite da responsabilidade fiscal e não tem mais como fazer nada. Por isso, é mais barato complementar e ajudar os filantrópicos.

“O usuário não tem essa compreensão do que é estatal e do que é privado. Ele quer chegar e ser bem atendido. É o resultado final que interessa. Essa discussão, hoje, está muito clara para nós. Vocês são imprescindíveis. Nossa briga tem que ser federal. Estamos muito abaixo de países como o Chile em investimentos em saúde. Queremos ouvir o segmento filantrópico para escolher o secretario de saúde que virá, que estará à frente da secretaria. Uma conversa construída o tempo todo com vocês. Não tem mais salvadores da pátria, precisamos de ajuda”, ressaltou.

Para finalizar, Rosane reforçou que a briga das santas casas e hospitais filantrópicos tem que ser travada com o Ministério da Saúde. “É a briga maior. Não é possível que eles não tenham esse entendimento que eles sucateiam, que a tabela é ridícula. Não tem lógica. Nunca teve. Só que agora agravou e chegamos ao fundo do poço. O governo precisa ter essa visão. Os grandes hospitais têm que ser nossa rede complementar, tem que ser nossa referência. Eu vou ampliar muito as portas do Palácio Iguaçu para ouvir, ter a noção das necessidades para o nosso crescimento”.

Fonte: Assessoria de Comunicação Femipa