Foto: Venilton Küchler

Foto: Venilton Küchler

A Secretaria Estadual da Saúde promoveu nesta quarta-feira (21), em Curitiba, um seminário para apresentar medidas que contribuem para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde e ampliem a segurança do paciente nesses estabelecimentos. As ações fazem parte da política nacional de segurança do paciente, proposta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Rosita Wilner, diretora da Femipa, representou a entidade na mesa de abertura do evento.

Estima-se que cerca de 10% dos pacientes estão sujeitos a eventos adversos durante o período de internação. Nesses casos, o risco de agravamento do quadro clínico inicial do paciente aumenta por conta de acidentes, infecções e outras situações. Além disso, dados mostram que 66% desses eventos poderiam ser evitados.

O superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, explica que é importante atuar nesta área para garantir ambientes hospitalares mais seguros no Paraná. “O paciente internado em um hospital geralmente está numa situação vulnerável e por isso não pode sofrer nenhum tipo de intercorrência durante o tratamento”, ressaltou.

O seminário reuniu cerca de 400 pessoas, entre profissionais de saúde, gestores municipais e de hospitais, técnicos da vigilância sanitária, representantes de entidades médicas e estudantes. De acordo com a gerente-geral de Tecnologia em Serviços de Saúde da Anvisa, Diana Carmem de Oliveira, a realização deste tipo de seminário é essencial para a disseminação da cultura de segurança do paciente dentro dos serviços de saúde. “Quem ganha é a população que é atendida de forma mais segura e os profissionais de saúde que também ficam menos expostos a situações de risco”, destacou.

MEDIDAS – A programação abordou a situação atual dos serviços de saúde brasileiros em relação ao tema. Além disso, as palestras e mesas redondas destacaram seis medidas principais que devem ser implantadas pelos hospitais e que refletem diretamente na segurança do paciente: identificar corretamente o paciente; melhorar a comunicação entre profissionais de saúde; melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração de medicamentos; assegurar cirurgia em local de intervenção, procedimento e paciente corretos; higienizar as mãos para evitar infecções; reduzir o risco de quedas e úlceras por pressão.

Para o chefe do Centro Estadual de Vigilância Sanitária, Paulo Costa Santana, isso tudo deve ser incorporado à rotina das equipes que atuam nos hospitais. “É uma questão de hábito. A higiene das mãos, por exemplo, é considerada a medida mais eficaz para a prevenção das infecções hospitalares”, afirmou.

OBRIGATORIEDADE – Desde o ano passado, todos os hospitais são obrigados a contar com núcleos específicos para desenvolver ações de segurança do paciente. Estes setores são responsáveis por instituir planos de ação na área e notificar todo caso de evento adverso ocorrido no hospital ao sistema de informação da Anvisa.

Todos os hospitais estaduais e filantrópicos que aderiram ao programa HospSUS, do Governo do Estado, já desenvolvem ações nesta área. O Hospital Infantil Waldemar Monastier, de Campo Largo, inclusive já recebeu uma certificação em acreditação hospitalar, título concedido às instituições que seguem padrões rígidos de segurança e qualidade.