O ambiente hospitalar ideal é aquele que oferece resultados para o paciente, remuneração adequada para médicos e trabalhadores, prestadores de serviço e fornecedores, com custos baixos. De acordo com Renato Camargo Couto, da IAG Saúde e Fundação Unimed de Minas Gerais é possível fazer isso. “O sistema tem muito dinheiro, mas ele é usado com desperdício em vários processos hospitalares”, argumenta.

Uma alternativa proposta para a melhoria dessa realidade é fazer gerenciamento de riscos para reduzir os custos com desperdício. Um estudo realizado na Austrália, e testado em diversos países, sobre o impacto econômico do risco assistencial mostrou que 30% dos custos hospitalares são determinados por adversidades assistenciais.

Outra forma de reduzir custos está nos cuidados primários, que podem reduzir em 16% o número de internações no Brasil. Adotada na Europa e América do Norte, a utilização de parâmetros para determinar o tempo de estadia de cada paciente, de acordo com a idade e o estado de saúde, mostrou reduzir 24% dos custos.

Uma pesquisa realizada pelo New England Medicine Journal revelou que os hospitais modernos em todo o mundo matam e aleijam em proporções genocidas. “Os hospitais são instituições relativamente novas que ainda estão se desenvolvendo. A medicina é uma ciência extremamente complexa e o erro é o principal caminho para o aprendizado. Mas não existem culpados nesse cenário, a dificuldade está na organização dos processos”, defende.