Infecção Hospitalar.A Secretaria Estadual da Saúde divulgou nesta segunda-feira (12) o relatório da primeira fase de avaliação das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) existentes no Estado. O estudo revela que a atuação desses serviços está contribuindo para a melhoria da qualidade do atendimento prestado nos estabelecimentos de saúde.

Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, ter uma CCIH atuante e bem estruturada é essencial para a redução das taxas de infecções hospitalares. “Essas equipes são responsáveis por desenvolver ações para proteger a saúde dos pacientes. Além disso, contribui para aumentar a segurança dos profissionais de saúde enquanto desempenham suas funções”, ressaltou.

Dos 115 hospitais com UTI existentes no Estado, 82 já participaram do estudo. Foram avaliados o cumprimento de 13 itens considerados imprescindíveis (de maior risco) e 44 necessários para o funcionamento das CCIHs, conforme estabelece a resolução RDC 48/00 da Anvisa.

O relatório aponta que 92% dos itens imprescindíveis e 84% dos itens necessários foram atendidos pelas comissões avaliadas, o que demonstra um alto grau de eficiência desses serviços. Os hospitais que apresentaram irregularidades foram autuados ou intimados, dependendo da gravidade do caso.

DADOS – Também foi divulgado um estudo sobre a situação das infecções relacionadas a serviços de saúde do Paraná, no ano de 2013. Os dados apontam reduções significativas em alguns indicadores, principalmente no que diz respeito às Unidades de Terapia Intensiva (UTI) adulto, mas alertam para a necessidade dos hospitais melhorarem a qualidade do monitoramento realizado.

De acordo com o estudo, o Paraná se mantém como o segundo Estado que mais notifica infecções hospitalares no país, atrás apenas de São Paulo – que detém um número maior de serviços de saúde. Isso só é possível graças à boa adesão dos hospitais e a funcionalidade do Sistema Online de Notificação de Infecções Hospitalares (SONIH), criado em 2009 pelo Governo do Estado.

Em 2013, 78% dos hospitais com UTI notificaram mensalmente seus casos de infecção hospitalar ao SONIH. A média de 2013 é 2% maior do que a registrada no ano anterior, quando essa porcentagem chegou a 76%.

Para o superintendente, esta boa adesão dos hospitais permite que o Estado desenvolva uma análise mais detalhada da situação das infecções hospitalares. “Com esses dados, podemos identificar onde está o problema e traçar medidas eficazes de controle. Isso contribuirá para garantir mais segurança e qualidade ao atendimento”, explicou Paz.

TAXAS – No estudo de 2013, dentre os três indicadores avaliados, a pneumonia relacionada à ventilação mecânica foi a mais comum em UTIs adulto dos serviços de saúde paranaenses – com 18,93 casos de infecções para cada 1.000 procedimentos/dia. Apesar disso, registrou-se uma redução de 17% neste quesito em relação ao mesmo período do ano passado.

Também foram analisados os dados referentes a infecção urinária relacionada à sondagem vesical, que teve taxa de incidência de 3,88 casos, e infecções primárias de corrente sanguínea associadas ao cateter venoso central.

CONTROLE – Todo serviço de saúde está sujeito a infecções hospitalares, que podem estar relacionadas às condições de higiene do local. Para diminuir o risco de infecções, medidas simples devem ser adotadas por profissionais de saúde, pacientes e visitantes.

Veja algumas dicas para auxiliar no controle de infecção hospitalar:

– Higiene das mãos ANTES e APÓS o contato com o paciente
– Higiene das mãos APÓS o contato com áreas próximas ao paciente
– Utilizar álcool gel
– Evitar sentar no leito do paciente ou camas vagas ao lado
– Utilizar o jaleco/avental somente nos ambientes hospitalares
– Manter cabelos presos e unhas curtas
– Profissionais devem retirar brincos, pulseiras anéis, relógios e correntes durante o manejo com o paciente
– Evitar levar flores e alimentos aos pacientes
– Se possível, não levar crianças nas visitas ao hospital.
– Pergunte se o hospital tem comissão de controle de infecção hospitalar

Fonte: Secrataria da Saúde do Estado do Paraná