A grave crise financeira que atingiu alguns dos principais hospitais que atendem o SUS (Sistema Único de Saúde) em São Paulo (SP) levou ao fechamento de um em cada três leitos instalados em quatro unidades especializadas em atendimento de casos de média ou alta complexidade.

Nos últimos três anos, os hospitais São Paulo, na Vila Clementino (zona sul), HU (Hospital Universitário da USP), no Butantã (zona oeste), Santa Casa e Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho, ambos na Santa Cecília (centro), fecharam 773 leitos.

Má gestão, demissão em massa ou cortes em repasses do governo federal e municipal são os principais motivos para a redução no atendimento.

O primeiro a entrar em colapso foi a Santa Casa, que escancarou a falta de verba em 2014, quando fechou o pronto-socorro por 24 horas.

Estava sem insumos básicos, como gazes.

Resposta

A Unifesp, que administra o Hospital São Paulo, disse que “até o momento permanece sem receber” os recursos do Ministério da Educação.

Disse ainda que está “trabalhando, desde o ano passado, em um plano de gestão”.

A Santa Casa afirmou que neste ano passou a reagendar, de forma gradativa, as cirurgias eletivas que haviam sido restritas em 2016.

O presidente do Instituto do Câncer, Sérgio Innocenzi, disse que ainda negocia com o Ministério da Saúde e a prefeitura para que os repasses voltem a ser feitos integralmente.

O HU não se manifestou.

O Ministério da Saúde disse que os repasses para os hospitais estão em dia.

O valor anual é de R$ 8,6 bilhões.

A Secretaria de Estado da Saúde, da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), disse que não é responsável pela gestão de nenhum dos hospitais, mas que os auxilia “de forma voluntária”, enviando verba.

A gestão João Doria (PSDB) afirmou que os repasses para a Santa Casa e para o Instituto do Câncer seguem os contratos.

Fonte: Agora São Paulo