O Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, Região Metropolitana de Curitiba, inaugurou na terça-feira (17) um complexo oncológico voltado aos pacientes do SUS que recebeu um investimento de R$ 30 milhões, feitos com recursos próprios do hospital.

A nova ala permitirá triplicar o número mensal de pacientes em tratamento, passando 850 para 2.500 pessoas. O centro abriga também um Serviço de Transplante de Medula Óssea, com 20 leitos instalados, equivalente ao dos principais hospitais do País.

O governador Beto Richa descerrou a placa de inauguração do novo complexo e com o secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo, foi homenageado na solenidade. O Angelina Caron é um dos principais parceiros do sistema público de saúde e referência para as redes Mãe Paranaense e Paraná Urgência e, por isso, tem o apoio e a parceria do governo estadual.

A homenagem ao governador seu deu pelo repasse de R$ 1,5 milhão, que permitiu a construção da UTI Geral 2, com oferta de 14 leitos. Enquanto o Ministério da Saúde não habilitar os novos leitos, o Estado assumirá os pagamentos da UTI.

“O hospital Angelina Caron é um grande parceiro do SUS no Paraná, tanto na questão quantitativa quanto na qualitativa”, explicou o secretário da Saúde. “É um hospital estratégico, localizado em uma região que concentra grande parte da população paranaense e que tem recebido do governo a atenção merecida”, afirmou Caputo Neto.

saEm um ano, serão investidos R$ 3,7 milhões para manter a unidade em funcionamento. Além disso, o Estado repassa R$ 280 mil mensais pelo programa de apoio a hospitais públicos e filantrópicos (Hospsus), para gastos com custeio, equipamentos e obras.

REDUZIR FILA – O novo complexo oncológico possibilitará reduzir a fila de tratamentos, tanto na área oncológica como na de transplantes. Conta com equipe treinada, prestará tratamento integral e oferecerá tecnologia de ponta em seus quatro mil metros quadrados de área construída.

O diretor-clínico do hospital, Pedro Ernesto Caron, destacou que grande parte dos atendimentos na nova ala será feita a pacientes do SUS. “Principalmente na oncologia, que é uma área de grande complexidade e alto custo, quase 98% dos atendimentos serão para pacientes do Sistema Único de Saúde”, disse. “Temos uma parceria muito significativa com o Estado, que cresceu nos últimos anos. E agora, com esta ampliação, teremos capacidade para atender pacientes de todo o Paraná”, ressaltou Pedro Caron.

A nova ala está distribuída por quatro mil metros quadrados. Terá Centro de Medicina Nuclear equipado com tecnologia de ponta no diagnóstico por imagem. Um destaque é o PET-CT, técnica revolucionária de diagnóstico que, além de mostrar imagens da anatomia do corpo humano, avalia alterações metabólicas do organismo.

Outros exames de avançada tecnologia são tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia. O espaço físico abrangerá 47 poltronas para tratamentos quimioterápicos de curta duração e oito em pediatria.

A Ala de Transplante de Medula Óssea do Angelina Caron será uma das principais do país. Com 20 leitos, a estrutura terá um sistema de filtros especial, de pressão positiva, que impedirá que o ar de fora entre na unidade. Isto é imprescindível para impedir contaminações e infecções, considerando que a imunidade do paciente em tratamento é próxima de zero.

HOSPITAL – O Hospital Angelina Caron é um dos principais parceiros do sistema público em nível nacional e estadual. Recebe, anualmente, mais de 350 mil pacientes, dos quais 95% pertencem ao SUS. Eles chegam de várias partes do País e recorrem ao Hospital Angelina Caron como última esperança de cura para doenças graves e de alta complexidade.

Destaque para a área dos transplantes, na qual o centro médico é referência nacional e internacional. São mais de 1.500 procedimentos nas áreas de transplantes hepáticos, renais, reno-pancreáticos, cardíacos e de tecidos corneanos, desde a implantação do serviço, há dez anos, graças à parceria com o poder público.

O Hospital Angelina Caron foi o primeiro centro das Américas a realizar um transplante pelo qual um receptor recebeu, no mesmo procedimento, parte do fígado do filho; e parte do fígado da sobrinha.
Com informações da Sesa