O Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM) foi responsável pela realização de 22% de todos os transplantes de fígado em Curitiba no ano de 2021. Os números nacionais de transplantes de fígado no ano passado foram divulgados nesta semana pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).

“Este dado mostra a força de nosso Hospital na saúde de Curitiba e do Paraná. Tradicionalmente referência no atendimento a queimados, traumas e gestações de risco, podemos nos considerar referência também em relação a transplantes de órgãos. Fruto de muito trabalho, somos hoje o Hospital mais completo do estado, oferecendo à população todas as linhas de cuidado, inclusive de alta complexidade”, destaca o diretor geral do HUEM, Dr. Rogério Kampa.

Do total de 151 transplantes de fígado que aconteceram em Curitiba, 33 deles foram feitos no HUEM. No Paraná, o número chegou a 251 transplantes. O Hospital Evangélico Mackenzie foi o terceiro maior centro de transplantes de fígado do estado em 2021.

Os médicos cirurgiões dr. Igor Luna Peixoto e dr. Nertan Tefilli coordenam a equipe de transplantes de fígado, no HUEM. Em 2022 já foram 6 procedimentos realizados com sucesso.

“Estar entre os maiores realizadores de transplante de fígado do estado, com um número tão significativo no total executado em Curitiba é um feito muito importante. Porque não são somente números, são vidas que foram salvas graças a atuação do Hospital”, destaca dr. Peixoto.

Ele conta que a equipe não mede esforços para conseguir realizar os procedimentos, inclusive fazendo viagens para captação de órgãos no interior e até em outros estados. “Em uma excelente parceria, o governo do estado cede aeronave para transportes de órgãos e em algumas ocasiões a equipe se desloca para realizar a captação”, afirma o cirurgião.

Em breve, o HUEM irá inaugurar sua nova área para transplantes, com 14 leitos exclusivos, estrutura reformulada e equipamentos de ponta para qualificar ainda mais o serviço. “A estrutura foi toda desenhada para  atender a complexidade que os pacientes de transplante demandam, em leitos de isolamento, com cuidados de semi-intensiva”, salienta dr. Nertan Tefilli.

Vida nova

Para  a agricultora aposentada, Ana Kulka da Silva, 62 anos, 2021 foi um ano de recomeço. Após ter ficado na UTI com o corpo clínico preparando os familiares para o pior, um transplante no HUEM mudou o rumo das coisas. No Natal de 2019, ela sentiu fortes dores abdominais e foi procurar ajuda em um hospital de sua cidade. Acabou precisando de internação e conseguiu uma vaga no HUEM. Após um grande susto para a família, ela teve alta.

Em julho de 2020 voltou a se sentir mal. Foi quando a sua história encontrou a equipe de transplante de fígado do HUEM, que depois de vários exames concluiu que ela precisava urgente de um novo fígado.

“Começou uma luta de meses, várias idas e vindas ao hospital onde ficou diversas vezes internada. Durante este período apareceram alguns fígados para transplante”, relembra a filha Eliane.

Contudo, para o caso dela, era preciso um fígado em excelente estado, de preferência de doador bem jovem. “Seria arriscado para a saúde dela transplantarmos um fígado de doador com mais idade, então resolvemos esperar”, conta Dr. Nertan.

Até que, no final de janeiro de 2021, apareceu um fígado compatível com o quadro de Dona Kulka. O procedimento foi um sucesso e hoje ela está renovada. “Estou me sentindo bem, é outra vida. Sou muito grata por tudo que o Dr. Igor e a equipe fizeram e continuam fazendo por mim.  Foram atenciosos quando eu mais precisei. Enfermeiros, hotelaria, todos no Hospital. Também não posso deixar de ser grata à família do doador, que na hora mais difícil para eles, tiveram este lindo gesto de salvar várias vidas”, disse dona Kulka.

Três no mesmo dia

Um fato que salienta a capacidade do HUEM na realização de transplantes aconteceu em agosto de 2021. A instituição conseguiu efetivar três transplantes de órgãos diferentes em um mesmo dia: um de córnea, um de rim e outro de fígado.

“Foi um dia histórico para a instituição, que mostra vocação e vontade em abraçar a causa dos transplantes, com todo respaldo técnico e científico para garantir a atuação das equipes em prol de salvar vidas”, destaca Dr. Peixoto.

Fonte: Hospital Universitário Evangélico Mackenzie