Todos os meses 200 bebês, em média, nascem na maternidade do Hospital da Providência Materno Infantil, que é o setor responsável por 24,26% dos atendimentos realizados. Além de gestantes de Apucarana, a instituição é responsável pelo atendimento de pacientes de outros 1​6​​municípios da região. Em 2016 a cada dois partos de gestantes residentes em Apucarana, nasceu pelo menos um bebê do qual a mãe residia em cidades vizinhas.

O Hospital Materno Infantil, através de suas equipes de médicos, enfermeiros e profissionais de saúde, tem desenvolvido estratégias que garantem segurança e humanização para a mamãe e o bebê durante os períodos de pré parto, parto e pós parto.

Uma delas, por exemplo, é a visita guiada que os serviços de atendimento ao pré-natal e gestantes podem agendar durante o período gestacional. De acordo com a gerente de enfermagem do Hospital Materno Infantil, Erica Sanchez, a visita é para orientar e esclarecer dúvidas da gestante, bem como incentivar o parto normal. “Essas informações fazem diminuir a ansiedade e deixam a paciente mais confortável para vir para o hospital e realizar o parto normal no momento adequado. Nessa visita a paciente conhece o alojamento conjunto, sala de parto e local onde o bebê é acolhido para o atendimento dos cuidados mediatos pós nascimento”, afirma.​

​​Quando chega a hora do nascimento do bebê, o momento de ir para a maternidade é sempre de muita expectativa para a gestante, familiares e pessoas próximas. No momento de fazer a entrada na maternidade, a gestante pode escolher um acompanhante para permanecer com ela o tempo todo, inclusive durante o parto. Em seguida o acolhimento é feito pela equipe de enfermagem obstétrica, em que a futura mamãe irá repassar informações sobre a saúde dela, apresentar a carteira da gestante onde são registrados os dados do pré-natal e se preparar para o trabalho de parto. “Nós conhecemos a história da paciente e procuramos trabalhar com humanização de acordo com o que ela nos relata. É uma abordagem holística, conhecemos a paciente como um todo e dessa forma criamos interação e empatia com a paciente”, explica.

Conforme preconizado pelo Ministério da Saúde, a instituição também está adotando medidas para a redução do índice de partoscesáreos. Uma delas é a ampliação da assistência das enfermeiras obste​tras, que pela lei n°7.498/1986 são autorizadas a conduzir e realizar o parto em casos específicos, sem presença de médico obstetra. “São enfermeiras qualificadas e que exercem uma função regulamentada. Elas têm autonomia para fazer partos de risco habitual. Quando há uma complicação a enfermeira sinaliza para o médico que passa a conduzir o procedimento”, afirma Erica. Nospartos do Hospital Materno Infantil, a evolução da paciente também é acompanhada pelas enfermeiras residentes em obstetrícia que por meio do programa de residência multiprofissional da Autarquia Municipal de Saúde realizam atividades na maternidade da instituição.

O suporte profissional é de extrema importância nessa etapa que, de acordo com a médica obstetra Dra. Silvana Fisco também demanda movimento e esforços da parturiente. Para isso, a médica explica que há os métodos não farmacológicos como exercícios em alguns aparelhos que auxiliam na descida do bebê, ameniza a dor da paciente e melhora o quadro psicológico dela, diminuindo a ansiedade,  como o balanço pélvico, barra fixa e bola fisioterápica. “O sucesso do parto normal humanizado demanda empenho da equipe e também da paciente. Por isso é preciso que as mulheres se preparem para esse momento, conheçam as etapas e compreendam que é um momento muito específico para ela e para o bebê”, explica a médica.

Com o nascimento, a emoção cresce entre aqueles que presenciaram o momento. “Sempre que é possível pedimos que o acompanhante da paciente corte o cordão umbilical. Muitas vezes é a avó, pai ou tia que está presente e mesmo com a surpresa do pedido eles ficam muito felizes e guardam essa lembrança cheios de orgulho”, afirma a enfermeira Ana Flávia. De acordo com a enfermeira obstetra, a condução do parto humanizado se aproxima da maneira como as gestantes tinham seus bebês antes da institucionalização do parto. Ou seja, com pessoas da confiança dela ao redor, em um ambiente familiar.

Entre as medidas humanizadas no período pós-parto, a instituição adotou o “Contato pele a pele” que consiste em manter mães e bebês juntos na primeira hora de vida. Anteriormente, isso não ocorria, uma vez que logo após o bebê ser colocado próximo à mãe, ainda na sala de parto ou sala cirúrgica, o bebê era levado para a Unidade de Recepção do Recém-Nascido para receber o primeiro banho, a primeira vacina, entre outros cuidados. Hoje, o método foi adotado como uma técnica que aumenta o vínculo da mãe e bebê, incentiva a amamentação e tranquiliza a paciente.  “Esse método foi implantado há cerca de um ano. Todo bebê que nasce e apresenta boa vitalidade colocamos no ‘Contato pele a pele’ e temos visto diminuir muito o número de bebês que apresentam gemência, desconforto respiratório e que precisam ficar em observação”, explica Erica Sanchez.

A paciente Mariana Ribeiro, 27, deu à luz a Maísa, sua primeira filha, prematura de 36 semanas. A gestante, que teve todo o atendimento prestado através do Sistema Único de Saúde (SUS) foi levada ao Hospital após romper a bolsa e precisou ter o trabalho departo induzido. Com tranquilidade, Mariana conta as emoções que viveu desde que chegou ao Hospital Materno infantil. “As vezes minha pressão subia um pouquinho por causa da ansiedade aí eles conversavam, me acalmavam. O tempo todo os médicos e enfermeiras me deixaram tranquila,” afirma.

Segundo Mariana, ela não apresentava dilatação ​ e devido a bolsa rompida, a equipe médica opt​ou por indução ao parto​. No caso dela, medicamentos foram associados à métodos não farmacológicos para evolução do trabalho departo. “Eu fiquei na bola, depois caminhei e fiquei no banho de água quente. Eu não tinha dor, nenhuma contração, mas com o exercício as contrações começaram e a dilatação foi aumentando,” relata.

Durante o tempo todo ela esteve acompanhada por uma pessoa da escolha dela. “Estava acompanhada pela minha amiga e depois a tia do meu esposo. É melhor estar com alguém que a gente confia por que ficamos mais seguras”, afirma.  Após horas em trabalho de parto, foi encaminhada a sala de parto e a bebê logo nasceu. A mãe conta que foi surpreendida por poder ficar tanto tempo perto da filha após o nascimento. “Quando ela nasceu eles a colocaram no meu colo para ficarmos em contato. Ela foi para o quarto comigo e ficou lá por duas horas até a enfermeira levar ela para o banho. A bebê recebeu o calor do meu corpo e o som que ela estava acostumada, o som do meu coração, continuou com ela mais perto. Também amamentei assim que vim para o quarto” relata.

A paciente Flávia Espejo Estroppa também viveu a experiência do partohumanizado. Ela, também atendida via SUS, teve sua primeira filha por volta das 5h da manhã.

Flávia conta que visitou o Hospital Materno Infantil durante o pré-natal e participou de uma palestra sobre os procedimentos do parto normal humanizado ministrada pelas residentes de enfermagem em obstetrícia. “Foi interessante por que eu já sabia sobre o parto humanizado, pesquisava, mas a gente nunca acha que vai encontrar esse tipo de assistência. Até por que as pessoas falam muita coisa distorcida”, comenta.   ​

Segundo Flávia, a chegada da filha Aurora teve grande amparo da equipe da maternidade do Hospital Materno Infantil.  “Para mim foi um parto bem tranquilo, eu tive dor, sim, mas me deixaram bem livre e me indicaram o que fazer durante o trabalho de parto. O atendimento é humanizado por parte dos médicos e das enfermeiras que foram carinhosas e caridosas comigo”, relata.

Fonte: Assessoria de Imprensa Hospital da Providência e Hospital Materno Infantil