Alexandre Padilha destaca a importância de reorganizar serviços de urgência e apostar em estratégias que ampliem o acesso e reduzam o tempo de espera em um sistema de saúde

Durante a Convenção Internacional “Cuba Saúde 2012”, em Havana (Cuba), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explicou a representantes e profissionais de saúde de diversos países o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e traçou os objetivos do ministério para ampliar o acesso ao atendimento.

Para os participantes da convenção, o ministro destacou os avanços e desafios do Brasil na consolidação de um sistema de saúde público e universal. “Sabemos que temos muitos problemas a serem enfrentados, mas conseguimos alguns avanços que nos mostram que estamos no caminho certo”, avaliou o ministro, que apontou como grandes conquistas do Brasil a redução da mortalidade materna em 50%, infantil em 70% e por doenças cardiovasculares em 55%.

O ministro chamou a atenção também para o esforço do Ministério da Saúde em reduzir o tempo de espera por um atendimento e melhorar o acesso na saúde pública. Nos últimos dois anos, o ministério da Saúde criou estratégias que aumentaram o número de procedimentos e reduziram o tempo de espera, como os mutirões de cirurgias eletivas, que ampliou em 16% % o número de procedimentos do tipo de 2010 para 2011, além do S.O.S Emergências, que, em um ano, conseguiu reduzir a taxa de ocupação de grandes hospitais no país.

“Reorganizando os serviços, que é o nosso grande desafio, e mudando a organização e lógica de atendimento, estamos mostrando que é possível acabar com a imagem de que macas tem que ficar em espaços inadequados”, disse Padilha.

COOPERAÇÃO BRASIL-CUBA – Em sua passagem por Cuba, o ministro Alexandre Padilha se reuniu com o ministro da Saúde de Cuba, Roberto Ojeda, e o ministro de Comércio Exterior e Investimentos Estrangeiros de Cuba, Rodrigo Malmierca Diaz, para avaliar o andamento dos acordos de cooperação internacional que o Brasil mantém com aquele país, como formação de recursos humanos, transferência de tecnologia e produção de medicamentos. “Algo fundamental na consolidação do sistema de saúde é uma aliança estratégica de países parceiros na defesa de uma saúde pública para todos. Dessa forma, podemos melhorar a saúde dos brasileiros e ajudar a economia cubana”, avaliou Padilha.

Entre os acordos de cooperação discutidos, está o apoio do Brasil, junto com Cuba, na reestruturação do Haiti. O acordo tripartite inclui a construção de três hospitais comunitários de referência e do Instituto Haitiano de Reabilitação – Laboratório de Órteses e Próteses. As instalações serão inauguradas já no próximo ano.