O novo ministro da Saúde, Marcelo Castro, destacou durante a solenidade de transmissão de cargo nesta terça-feira (06), a necessidade de melhorar o financiamento da Saúde. “Superar o subfinanciamento é difícil, por causa da crise que estamos enfrentando, mas isso não é motivo para abandonarmos a luta para melhorar o recurso”, disse.

Para enfrentar o problema do subfinanciamento, o novo ministro afirmou que vai discutir com a sociedade maneiras de como arcar com os custos da saúde e formas de melhorar o combate ao desperdício e o aumento das receitas. “Todos devemos nos comprometer, em um pacto social, de que é preciso ter fontes permanentes de financiamento da saúde para garantir a melhoria de seus serviços”, disse ele, sem se referir especificamente à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que o governo estuda recriar para elevar a arrecadação. Castro destacou, ainda, que estados e municípios atualmente gastam mais com saúde do que o limite mínimo (15%) previsto em lei, situação classificada pelo novo ministro como insustentável e injusta.

“É preciso despertar na sociedade o sentimento de pertencimento ao SUS. Minha proposta será de criar novas fontes para o financiamento da saúde”, completou. Castro disse que pretende garantir a estados e municípios brasileiros metade do que for arrecadado pela União com a nova fonte de financiamento.

O ministro também defendeu a necessidade de se criar uma política de Estado para a Saúde, a exemplo do que acontece na Educação, de forma a orientar as políticas governamentais. Ele disse que o SUS é o “retrato da nova forma de governar”, no qual há colaboração entre várias entidades. Para tanto, convidou o CNS, Conass e Conasems, principalmente, a participarem da construção da Saúde. Entre os temas que pretende compartilhar com os gestores da saúde para consolidação do SUS, o ministro destacou, além do financiamento, a atenção primária, o desafio da judicialização, os avanços tecnológicos e a formação contínua de profissionais.

O presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), Edson Rogatti, participou da cerimônia no Ministério da Saúde.

Com informações da Agência Saúde e da Agência Brasil.

Foto: Agência Brasil