O aumento da estimativa de vida da população brasileira tem deixado em alerta os gestores de hospitais, em especial pelo impacto que esta mudança social tem provocado nos atendimentos. De acordo com as estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento na população idosa é de 3% ao ano.
Esse percentual é bem superior ao aumento da população em geral, que é de 1,1%. Pensando nisso, a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), que representa 51 instituições no país, realizou na manhã desta terça-feira um seminário sobre o assunto, no Sheraton Hotel, em, Porto Alegre. “Precisamos nos preocupar em como atuar com esta nova realidade que se forma, em que as pessoas estão envelhecendo mais e, associado a isso, estão buscando mais os serviços médicos”, explicou o presidente do Conselho de Administração da Anahp, Francisco Balestrin.
Ele explicou que uma das frentes pretende garantir um atendimento mais diferenciado ao longo da vida desse paciente. “Se ele tiver um processo mais saudável ao longo da sua vida, exigirá menos da questão hospitalar. Ao mesmo tempo, as instituições precisam ver esse tema com um olhar diferenciado. Principalmente, porque os cuidados exigidos por um paciente idoso são diferenciados e mais complexos”, frisou. Ele defendeu ainda uma maior articular com o setor público.
Ao participar da abertura do seminário, o presidente da Assembleia Legislativa, Pedro Westphalen, que é médico por profissão, enfatizou a importância do debate. Segundo ele, os hospitais têm carências e o sistema como um todo precisa ser melhor preparado para o atendimento. “O Parlamento precisa estar presente para possibilitar que novas políticas sejam desenvolvidas neste sentido”, ressaltou.
Diante da temática do debate, foram discutidas as novas demandas de serviço que o envelhecimento da população tem trazido ao serviço hospitalar, o impacto no sistema de saúde nas regiões metropolitanas, o cuidado multidisciplinar exigido pelos pacientes idosos, entre outros.
Fonte: Correio do Povo