Uma das principais causas de amputação no Brasil, o pé diabético, tem um forte aliado na Santa Casa de Londrina – a oxigenoterapia. Levantamento feito pelo Serviço de Medicina Hiperbárica do Hospital comprova as vantagens da oxigenoterapia na recuperação do pé diabético em comparação a tratamentos convencionais. O índice de recuperação total foi 30% acima do normalmente obtido em tratamentos convencionais. O índice de amputação grande (acima do tornozelo) foi de até 35% menor se comparado às indicações de amputação nos casos de tratamentos convencionais.    

Dos 70 casos de pé diabético tratados com oxigenoterapia na Santa Casa, desde que o Serviço começou a funcionar há dois anos, 50 apresentaram melhora total ou índice superior a 70% de recuperação das lesões. Isso significa 80% dos casos recuperados com sucesso. Em tratamentos convencionais, sem a oxigenoterapia como terapia complementar, segundo o médico hiperbarista Wilson Albieri Vieira, o índice de recuperação total gira em torno de 50%.

Por outro lado, apenas 5% dos 70 casos atendidos na Santa Casa precisaram de amputação grande (acima do tornozelo). O médico hiperbarista, chefe do Serviço da Santa Casa, afirma que nos tratamentos convencionais de pé diabético o índice de amputação grande sobe para entre 30% e 40%.

Benedito Manoel Bueno, 67 anos, diabético há mais de 10 anos, é um dos pacientes que tinha indicação de amputação evitada com a oxigenoterapia. Ele conta que depois que bateu o dedo, ficou entre a melhora e a piora da lesão até que veio a notícia da amputação. “Em 2010 ia amputar o dedo. Agora cicatrizou de vez. Amputar nunca mais”, afirma animado. O médico hiperbarista afirma que “em 15 dias de tratamento, a lesão do dedo de Benedito foi reduzida para menos da metade da área”.

A oxigenoterapia é eficaz no tratamento de várias doenças, acelerando a cicatrização em até 30%. Resultado: redução no tempo de internação e diminuição do uso de antibióticos com mais bem estar ao paciente e racionalização de leitos e custos hospitalares.

Hoje, segundo o médico, mais de 70% dos pacientes atendidos pela Medicina Hiperbárica da Santa Casa são usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Como o procedimento ainda não consta na tabela do SUS, isso é possível graças a um convênio feito com a Prefeitura de Londrina para atendimento de pacientes do município e outro feito com o Governo do Estado para atendimento de pacientes de fora de Londrina.

Além de Wilson Vieria, o Serviço conta uma equipe com a enfermeira hiperbarista e especialista em feridas, Grasiela Rojas Marquezini, além de técnicos em enfermagem e médicos ortopedistas, cirurgiões vasculares e cirurgiões plásticos.

Fonte: Assessoria de Imprensa