A dependência do álcool atinge cerca de 10% da população brasileira, que apresenta problemas graves relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas. Essa é a droga mais consumida e mais associada ao adoecimento e mortalidade precoce. Conforme dados da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), metade da população brasileira consome álcool de forma regular. Homens costumam beber cerca de 1,6% a mais do que as mulheres, sendo que a experimentação do álcool e o início do consumo também atingem menores de idade, em alguns casos desde os 11 anos.

Com a pandemia da Covid-19 a preocupação das autoridades de saúde aumentou. Dados divulgados em maio de 2020 pela Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead) apontam um crescimento de 38% nas vendas de bebidas alcoólicas nas distribuidoras desde o início do isolamento social. Nos mercados, o aumento nas vendas foi de 27%.

Outra pesquisa, coordenada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), indicou que 18% dos brasileiros aumentaram o consumo de álcool nesse período. O índice foi ainda maior (26%) na faixa etária de 30 a 39 anos.

“A preocupação tem uma razão clara: mais gente consumindo aumenta a chance de termos mais pessoas desenvolvendo a dependência à bebida alcoólica”, aponta o médico psiquiatra Paulo Vecchi Abdala, Diretor Clínico do Hospital Psiquiátrico de Maringá (HPM), que é Referência Estadual em Saúde Mental.

O alcoolismo está associado aos seguintes sintomas:

➡ Compulsão: necessidade forte de beber

➡ Dificuldade de controlar o consumo

➡ Sintomas de abstinência física

➡ Tolerância: necessidade de doses maiores de álcool para atingir o mesmo efeito

O alcoolismo é doença séria e grave, necessitando de tratamento especializado e acompanhamento inclusive para a família do(a) paciente.

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Fonte: Hospital Psiquiátrico de Maringá