A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou, nesta quarta-feira (29 de junho), que o Paraná possui três casos suspeitos de varíola dos macacos. São três homens com idades entre 27 e 39 anos que residem em Curitiba, Cascavel e Londrina. O primeiro caso no Brasil foi confirmado em 9 de junho, em São Paulo.

Os pacientes possuem históricos de viagem para São Paulo, França, Inglaterra e Turquia. As amostras dos casos suspeitos de varíola dos macacos foram coletadas e estão em processo de envio para o Laboratório Central do Estado (Lacen/PR), responsável pela articulação com o Ministério da Saúde para envio ao Laboratório de referência para casos desta doença, em São Paulo.

Há algumas semanas, a Sesa fez uma Nota Orientativa nº 01/2022 sobre o fluxo assistencial para os casos suspeitos de varíola dos macacos. O documento foi enviado aos municípios para orientação. Além disso, a Secretaria de Estado da Saúde criou uma página destinada a informações e publicações sobre a doença.

A varíola dos macacos é uma doença viral e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. A infecção causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo. Os principais sintomas envolvem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfadenopatia, calafrios e fadiga.

Protocolo de segurança para prevenção da varíola dos macacos

No início de junho foi confirmado o primeiro caso de Monkeypox (varíola dos macacos) no Brasil. Para evitar novas contaminações, processos de segurança precisam ser adotados nos hospitais e reforçados juntos aos profissionais de saúde. Pensando nisso, o Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP) ressalta algumas recomendações para o controle da doença, reforçando a necessidade de um protocolo de segurança para prevenção da varíola dos macacos

Para os serviços de saúde, a indicação é que seja implementado um Plano de Contingência com ações estratégicas para enfrentamento de possíveis novos casos de Monkeypox. Além disso, para um protocolo de segurança para prevenção da varíola dos macacos, é recomendado que a vigilância seja estruturada e atue, preferencialmente, em conjunto com o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP). É importante também manter um bom fluxo de comunicação, inserir e treinar protocolos e identificar possíveis pontos de melhoria contínua.

Conforme o diretor-executivo do IBSP e médico infectologista, Dr. José Branco, em caso de suspeita de contaminação, os cuidados recomendados são aqueles “universais”. Isto é: isolamento e uso de equipamentos de segurança, como máscaras, gorros e aventais. Além disso, é necessário que seja realizada uma quarentena de 21 dias. O especialista reforçou que, apesar do medo em torno da disseminação da doença, os profissionais da saúde têm duas vantagens no combate à varíola dos macacos.

“Nós já sabemos sobre o mecanismo de transmissão e o que precisa ser feito. Uma outra vantagem é que, desde 2019, já temos uma vacina para ela. Nos países onde há maior número de casos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já está liberando o imunizante, principalmente para os profissionais de saúde”, explicou o Dr. Branco ainda sobre protocolo de segurança para prevenção da varíola dos macacos.

Por outro lado, o infectologista informou que, apesar de a doença comumente se apresentar de forma branda, ainda não se sabe como ela se comporta em pacientes imunodebilitados, como aqueles com Síndrome da Imunodeficiência Humana (Aids), câncer, entre outros.

* Informações da assessoria de imprensa

Fonte: Saúde Debate