O Voluntariado do Hospital Santa Casa de Curitiba é bastante tradicional em Curitiba, com voluntários atuantes desde 1999. No mês de junho, o setor recebeu uma voluntária inédita: uma intercambista porto-riquenha, que mora há 11 anos nos Estados Unidos da América (EUA).

Taisse Torres, de 20 anos, está há cinco meses no Brasil e morando em Curitiba. Estudante de Psicologia e Português, ela realiza o intercâmbio estudando na Universidade Federal do Paraná (UFPR), e chegou à Santa Casa no começo desta semana.

Ela deve ficar durante três semanas como voluntária na Santa Casa. Além de praticar o português, também tem contato com outras pessoas. “Estou gostando muito do Brasil e, para mim, apesar de não estar muito acostumada com o ambiente hospitalar, é muito importante ter contato com pessoas neste ambiente, que provavelmente é onde eu vou trabalhar”.

Já no primeiro dia, Taisse pôde participar de algumas atividades do setor. Ela conta, muito feliz, que em um dos atendimentos que ela acompanhou, teve contato com histórias de pacientes, o que a encantou ainda mais pelo trabalho voluntariado no hospital. “Gostei de escutá-los e ter essa interação com eles”, destaca.

VOLUNTARIADO INTERNACIONAL DESDE OS PRIMÓRDIOS

Ao olhar para a história da Santa Casa de Curitiba, a presença de voluntários é uma realidade desde o fim do século XIV. Em 29 de julho de 1896, um grupo de freiras da Congregação de São José de Chambéry veio direto da França para ajudar na assistência hospitalar. Elas foram as primeiras voluntárias de fora do país a trabalharem no hospital. As irmãs de Chambéry, além de oferecerem todo o cuidado de enfermagem aos pacientes que ficavam no hospital, ofereciam também o apoio religioso. Elas e outras irmãs que chegaram depois permaneceram por décadas no hospital, atuando em conjunto com médicos e outros profissionais de saúde, ajudando, inclusive, a plantar e colher alimentos que eram servidos aos pacientes.

O setor de Voluntariado da Santa Casa auxilia de diferentes formas os pacientes e colaboradores das unidades. São oferecidas visitas nos quartos, acompanhamentos solidários, encaminhamentos dentro do hospital, além de tirarem dúvidas dos pacientes. Atualmente, o setor conta com mais de 100 voluntários. Taisse ficou sabendo do voluntariado por meio do programa de intercâmbio que ela participa.

INTERCAMBISTA

Ela conta que já visitou várias cidades no Brasil, como Foz do Iguaçu, Morretes, Paranaguá, Florianópolis e Rio de Janeiro, mas que a preferida até agora foi Curitiba. Além de estudar e, agora, fazer o voluntariado, também experimenta muitas comidas brasileiras. “É uma das coisas que eu mais tenho feito nos últimos dias. Mas o que eu mais gostei de comer aqui foi o requeijão”, conta, rindo.

A estudante mora com uma família curitibana, composta por quatro pessoas: pai, mãe, dois irmãos e um cachorro. Quando questionada sobre se um dia pretende voltar para o Brasil, em outra oportunidade, ela fala com certeza: “Curitiba, sim”.

Fonte: Santa Casa de Curitiba