O presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Paraná (Femipa), Flaviano Feu Ventorim, analisou a retirada de máscaras em ambientes abertos no estado. De acordo com ele, os números do coronavírus em hospitais justificam a decisão da Secretaria de Estado da Saúde, mas é preciso ter cuidado para monitorar os casos de Covid-19 no exterior.

“Obviamente a gente está acompanhando o que acontece no mundo, temos notícias de um novo surto na China, que pode trazer preocupação em um futuro de curto a médio prazo. Temos monitorar e, obviamente se a gente perceber algum aumento no número de casos, a Secretaria deve voltar atrás nessa decisão”, disse à Banda B.

Na última quarta-feira (16), o Governo do Estado publicou um decreto que torna opcional o uso de máscaras ao ar livre e libera, a critério dos pais, o equipamento para as crianças menores de 12 anos em qualquer local. Para adultos, em espaços fechados, o uso ainda é obrigatório.

“Nós temos um decreto que autoriza a liberação do uso de máscaras em ambientes abertos, então que a população continue utilizando as máscaras nos ambientes fechados, mesmo em um ambiente que tenha um nível de abertura. Mantenha o uso de álcool, porque mesmo estando em um ambiente aberto você pode tocar as coisas que estão ali à disposição. E se for em um ambiente aberto com aglomeração, mantenha o uso de máscara”, ressaltou Ventorim.

A decisão, segundo o governo, tem aprovação do comitê científico da Secretaria de Estado da Saúde (SESA) e leva em consideração a ampla vacinação dos paranaense e o controle do quadro epidemiológico.

O presidente da Femipa reforça que pessoas com sintomas gripais ainda precisam cumprir o isolamento domiciliar.

“Sempre que alguém está gripado que vai sair em um ambiente coletivo, independente de ser Covid, deveria se cuidar. Se eu estou doente e vou para um ambiente que posso contaminar outras pessoas, eu tenho que proteger essas pessoas, eu não deveria nem ir”, considerou.

Situação dos hospitais

Ventorim cita que a situação nos hospitais atualmente é bem mais tranquila do que a registrada há alguns meses. Segundo ele, o que se observa são pacientes internados sem o esquema vacinal completo ou nenhuma imunização contra a Covid.

“O que nós temos ainda é um número de pessoas internadas com esquema vacinal incompleto, principalmente. Alguns que não tomaram nenhuma vacina e isso preocupa, ainda é um número pequeno na sociedade porque a grande parte da população está vacinada. E eventualmente alguns casos de pacientes com comorbidades que também tem sido internados, mas é um número muito menor que outros períodos da pandemia”, afirmou.

Fonte: Francielly Azevedo - Banda B