O Hospital Samaritano, em São Paulo, busca reter talentos e esse cuidado com o profissional aparece desde o momento da entrevista e, principalmente, durante o dia a dia do funcionário no hospital. O case foi apresentado durante o 8º Seminário Femipa, na Sala Temática sobre Enfermagem.

Por trabalhar com a oncologia, a rotatividade de pessoal é evitada no Salesiano. “O paciente muitas vezes já está acostumado com aquele enfermeiro e a troca traz um novo processo de adaptação”.

De acordo com a enfermeira Flávia Mendes Rodrigues Pereira, os métodos do hospital para evitar o chamado turnover partem do conceito de andragogia, ou seja, o treinamento de adultos a partir do conhecer e do aprender a viver junto.

“A nova geração que está entrando agora, a geração Y, tem que se sentir envolvida, é uma geração que precisa de desafios”, afirma a palestrante. Para isso, o Hospital Salesiano segue a lógica da meritocracia, premiando com bônus, adicional no vale alimentação e folgas para o funcionário que não tiver faltas e for sempre pontual.

No caso da enfermagem, os pacientes também avaliam seus enfermeiros e os premiam com frutos em uma árvore, dinâmica utilizada para que os funcionários possam ser recompensados pelos supervisores conforme se destacam entre os demais.

Por isso, para a palestrante Flávia Mendes Rodrigues Pereira, o “saber se relacionar” é o principal fator que define a permanência do funcionário na empresa. “O funcionário que é bom, mas não sabe se relacionar não se adapta no hospital, mas o funcionário que só sabe se relacionar, nós podemos treiná-lo para que seja bom”, explica Flávia.

A palestrante ainda deu dicas utilizadas no Hospital Salesiano para que o profissional ideal já seja identificado no momento da entrevista. Para ela, a contratação do bom enfermeiro depende da empresa. O entrevistador deve ser neutro, não projetar o perfil do funcionário desejado no candidato (ou o perfil de um não desejado) e estar sempre atento no momento da entrevista.

Essa atenção ao enfermeiro se mantém durante toda a trajetória profissional dentro da empresa. “Quando o funcionário vê que as coisas são feitas para ele, ele se torna mais envolvido”.

Fonte: Assessoria de Imprensa