Os 28 municípios que compõem a área da 14ª Regional de Saúde, com sede em Paranavaí, registraram a menor taxa de mortalidade infantil do Paraná no ano de 2016.

Os números preliminares são do Ministério da Saúde e foram apresentados ontem ao DN. No período foram 3.672 nascimentos e 29 óbitos, ou seja, taxa de 7.90 de mortalidade para cada 1.000 nascidos.

A taxa obtida pelo Noroeste nos últimos três anos é mais baixa que a registrada no restante do Estado. Conforme dados oficiais, ano passado foram 152.714 nascimentos e 1.603 óbitos, resultando numa taxa de 10.49% no Paraná.

Essa taxa é melhor do que a de 2015, quando chegou a 10.92 em 160.046 nascimentos.

O cenário de queda constatado no Noroeste também se vê na projeção para todo o Estado. Em 2014 o Paraná teve taxa de 11.20, portanto, redução constante em três anos.

A enfermeira Isabel Vasconcelos, chefe da Atenção Primária no âmbito da 14ª Regional, explica que para efeitos de estatística considera-se todo o pré-natal até a criança completar um ano. Significa que o levantamento leva em conta todos os passos do acompanhamento, a partir da entrada da gestante no sistema.

O serviço está permitindo investigar a evolução dos diversos casos e assim prevenir futuras mortes ou doenças. Sabe-se, por exemplo, que dos 29 óbitos de 2016, 08 foram em consequência de má formação. Por isso, uma médica já está fazendo pesquisas que poderão auxiliar na prevenção de novos casos.

COMPARAÇÃO – Os dados positivos tiveram grande evolução a partir de 2013, quando a taxa de mortalidade era de 13.25, pouco mais elevada na comparação com 2012, quando fechou 11.93.

Nos últimos três anos, seguidas reduções. Em 2014 a taxa foi de 12.28 com 48 óbitos em 3.019 nascimentos. Ano seguinte (2015), a taxa de mortalidade fechou em 8,31, também segundo dados preliminares do Ministério da Saúde. Naquele ano foram 3.852 nascimentos e 32 óbitos.

O chefe da Divisão de Atenção e Gestão em Saúde, Ailton Benini, lembra que todas as ações voltadas para a proteção da mulher e da criança fazem parte da Rede Mãe Paranaense. Com este programa foi possível integrar o trabalho e identificar as eventuais dificuldades.

Ele destaca ainda o recente serviço de suporte aéreo quando necessário, também fundamental na proteção da mãe e do bebê. Com o transporte por helicóptero, consegue-se melhores resultados quando a gravidade do caso exige.

Para fazer frente ao desafio de reduzir a mortalidade infantil, o Estado se organizou no atendimento. Como detalha a enfermeira Isabel Vasconcelos, as gestantes são classificadas em três faixas.

As de risco habitual são acompanhadas nas suas localidades. Já as de risco intermediário e de alto risco têm a Santa Casa de Paranavaí como unidade de referência.

Também recebem acompanhamento através do CRE – Centro Regional de Especialidades, de forma a monitorar as fases da gestação até o nascimento e da criança no primeiro ano de vida.

AÇÃO DE GOVERNO

O chefe da 14ª Regional de Saúde, Nivaldo Mazzin, analisa que as ações mostram a preocupação do Governo com a mãe e com a criança paranaense. Ele destaca a articulação da rede.

Mazzin entende que eficácia poderá ser ainda maior com a constante atualização de conhecimentos e estudo dos casos. Hoje o trabalho integrado permite, por exemplo, debater com outras regionais todas as experiências práticas na macrorregião.