Acolhimento, orientação, cuidado e atendimento à sociedade são algumas das missões das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos. No Brasil, as primeiras Santas Casas surgiram logo após o seu descobrimento, antes mesmo da própria organização jurídica do Estado Brasileiro, criado pela Constituição Imperial, de 25 de março de 1824.

– A primeira Santa Casa foi fundada em Santos, em 1543, no tempo dos jesuítas, no tempo que as Santas Casas eram bem religiosas. Agora, a gestão pode ser feita por outras pessoas, com contratos – disse o presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), Edson Rogatti.

No Brasil, as Santas Casas também foram as responsáveis pela criação de alguns dos primeiros cursos de Medicina e Enfermagem, como foi o caso das fundadas na Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.

Desde sua origem até o início das relações com os governos (especialmente na década de 1960), as Santas Casas foram criadas e mantidas pelas doações das comunidades.

Isso começou a mudar em 1966, com a substituição das funções sociais, previdenciárias e de saúde dos institutos pelo Governo, através do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).

SUS

Mas foi com a inclusão do SUS na Constituição Federal que o setor filantrópico ingressou no modelo de assistência com participação efetiva no atendimento e na contribuição de formulação de políticas públicas de saúde do país.

Hoje, as Santas Casas atendem gratuitamente a população contando com parceria dos governos Federal, estaduais e municipais para auxiliar no atendimento das pessoas que mais precisam. “O maior parceiro do SUS são as Santas Casas. Nós temos mais de 2.100 no Brasil e elas atendem mais de 54% da demanda do SUS e alta complexidade, que é cardiologia, neurologia, ortopedia de alta complexidade, transplantes, a gente atende mais de 70%”, finalizou.

 

Fonte: Correio do Brasil