A Secretaria da Saúde transmitirá em tempo real no Auditório Anne Marie, em Curitiba, o debate promovido pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) Saúde: para onde vai a nova classe média, no próximo dia 24 de abril, no Hotel Nacional, em Brasília. O tema foi escolhido pela importância de se conhecer o movimento da nova classe média brasileira (classe C) e suas repercussões no SUS e no sistema privado de saúde.

O evento terá um dia de duração e contará com a participação de quatro expositores (Marcelo Neri, presidente do Ipea e ministro interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República; Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular; José Cechin, presidente da FenaSaúde; e Lígia Bahia, professora da UFRJ), um coordenador (Wilson Alecrim, presidente do Conass), um moderador (Renilson Rehem, consultor do CONASS) e dois debatedores (Ana Maria Malik, professora e pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas; e Ricardo Paes de Barros, economista, pesquisador do Ipea e subsecretário de Ação Estratégica da Secretaria de Ações Estratégicas da Presidência da República).

Ascensão da classe C no Brasil

Nos anos 90 o Brasil estabilizou sua economia e deslanchou um importante processo de reformas estruturais, com o forte impulso dado à privatização e à reorientação da política social.
Essas mudanças alteraram profundamente as percepções e estratégias normais de ascensão social cujo horizonte deixa de ser individual para tornar-se coletivo. Assim, milhões de brasileiros passaram a experimentar a mobilidade social. A classe C deixou de ser baixa e começou a ser média, disputando espaço com as classes médias tradicionais.

Na análise da ascensão da classe C, a questão central é a da sustentação. Se a nova classe média resulta do encurtamento das distâncias sociais em função da difusão do consumo, como irão seus integrantes gerar a renda necessária para sustentar os novos padrões? Sob que condições são sustentáveis os índices de expansão da nova classe média? A tendência é de crescimento sustentável, estagnação ou regressão?

É alta a proporção da classe C que teme perder o padrão de vida atual ou não ter dinheiro suficiente para se aposentar, o que é compartilhado pela metade das classes D e E.
Os brasileiros acreditam na necessidade da intervenção estatal em vários campos: controle de preços, gestão da saúde, das aposentadorias, educação fundamental, universidades e abastecimento de água. Estão dispostos a pagar mais impostos para tê-los.

A capacidade da classe média em transformar-se em agente fundamental da revisão de valores sociais e em fonte de apoio para frear a escalada da transgressão e da corrupção depende de seu capital político. Isso seria possível num contexto de uma sociedade anômica interagindo com um sistema institucional anêmico e num ambiente de baixa acumulação de capital social?

O seminário será o primeiro de uma série, que visa aprofundar as discussões sobre este, e outros temas contemplados no Projeto Conass Debate. Essas são algumas questões que o CONASS pretende abordar e debater durante o evento. Saiba mais sobre o projeto.

Público

Com público estimado em 200 pessoas, o evento será para convidados, portanto, não haverá inscrição. Quem quiser participar, poderá fazê-lo por meio da transmissão ao vivo.
O seminário Saúde: para onde vai a nova classe média será no dia 24 de abril, das 9h às 17h, no Hotel Nacional, em Brasília e será transmitido ao vivo, via web. Para assistir é necessária apenas a conexão com a internet.

Confira a Programação

8h – Credenciamento
9h – Mesa de Abertura
Wilson Duarte Alecrim – presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS)
Joaquim Molina – representante da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas)
Alexandre Padilha – ministro da Saúde

9h45 as 12h30 – Mesa de Expositores: Coordenador Wilson Duarte Alecrim – presidente do CONASS
10h às 10h30 – Expositor: Ricardo Paes de Barros – subsecretário de Ações Estratégicas da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR)
10h40 às 11h10 – Expositor: Renato Meireles – sócio-presidente do Instituto de Pesquisa Data Popular
11h20 às 11h50 – Expositor: José Cechin – diretor-executivo da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde)
12h às 12h30 – Expositora: Ligia Bahia – professora do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
12h40 – Encerramento das exposições e coletiva de imprensa
13h às 14h – Almoço
14h às 15h30 – Mesa de Debate: Moderador Renilson Rehem – gerente do projeto CONASS Debate
14h30 às 15h – Debatedora: Ana Maria Malik – coordenadora do GVsaúde da Fundação Getúlio Vargas (FGV/SP)
15h às 15h30 – Debatedor: José Gomes Temporão – diretor executivo do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde
15h30 às 17h – Debate
17h – Encerramento