A diretoria da Femipa esteve, hoje (02), em reunião com o secretário de Estado da Saúde, César Augusto Neves, para troca de ideias sobre avanços para o segmento hospitalar filantrópico. Participaram do encontro o presidente da Femipa, Charles London; os membros da diretoria da Federação André Luis da Silva Teixeira (2º vice-presidente), Alvaro Luis Lopes Quintas (tesoureiro), Tiago Antonio Cesco (2º tesoureiro), José Roberto Campaner (1º secretário) e Eduardo Otoni (Conselho Fiscal); a superintendente da Femipa, Rosita Márcia Wilner; Ian Souza, chefe de gabinete do secretário; e Henrique Barbosa, coordenador da assessoria jurídica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Na ocasião, o secretário agradeceu a parceria de anos das entidades sem fins lucrativos, especialmente durante a pandemia.

“É preciso enaltecer o trabalho das santas casas e hospitais filantrópicos no enfrentamento ao coronavírus. Certamente, não teríamos conseguido sem vocês. Infelizmente, perdemos milhares de vidas, mas, com certeza, poderia ter sido muito pior se não tivéssemos parceiros do nível e da grandeza dessas instituições. Essa é uma gratidão que vamos levar para sempre”, destacou Neves.

Charles London lembrou que esse foi realmente um período difícil, mas que mostrou a grande capacidade de trabalho das entidades sem fins lucrativos.

“Somos parceiros e sempre estaremos juntos em prol da saúde dos paranaenses. Entendemos que já temos estrutura, expertise e conhecimento para fazer acontecer nos momentos de calmaria e também nos de turbulência. Esse tem sido sempre o posicionamento da Femipa e de seus hospitais afiliados. Ao longo dos anos e com o trabalho de diversas gestões, tanto na Federação como na Secretaria, conseguimos levantar essa bandeira de trabalho em conjunto, o que trouxe muitos avanços. Queremos continuar participando das discussões para contribuir com a formulação das políticas de saúde”, garantiu.

Recursos

Durante o encontro, Neves anunciou que sua equipe está montando uma estratégia para levar novos recursos às instituições filantrópicas. Segundo ele, a proposta vai andar paralelamente ao programa Opera Paraná, um mutirão para realização de procedimentos eletivos lançado em março, pelo então secretário Beto Preto.

Ian Souza, chefe de gabinete do secretário, explicou que trata-se de um incentivo extra, uma remuneração adicional flutuante de tabela para procedimentos eletivos fora do mutirão. “Em 2019, tivemos 163 mil cirurgias eletivas. Em 2020 e 2021, por conta da pandemia, chegamos a apenas 50% da média histórica. Nossa proposta, agora, é, nas competências de setembro a dezembro, remunerarmos 75% a mais todos os procedimentos eletivos que estão nos contratos do Estado”, afirmou.

De acordo com Souza, esse novo recurso servirá para fomentar a adesão ao Opera Paraná e remunerar melhor os hospitais. “Assim como nos municípios plenos, todo procedimento que estiver lançado no Datasus será reconhecido pela Secretaria e remunerado no teto financeiro do município, para que o recurso seja repassado aos hospitais. Queremos oferecer um incentivo para ajudar as instituições e também aumentar o número de cirurgias eletivas. É uma maneira de acelerar esse processo e fazer com que o Opera Paraná fique ainda mais rápido, remunerando melhor”, explicou.

Urgência e emergência – após ouvir sobre o novo programa para cirurgias eletivas, Álvaro Quintas, membro da diretoria da Femipa e diretor-geral de Saúde do Grupo Marista, aproveitou a oportunidade para sugerir que a equipe da Secretaria busque também uma forma de incentivo para urgência e emergência. “Os hospitais têm sentido bastante dificuldade nessa área. Nos eletivos, temos previsibilidade, mas, na urgência e emergência, não. Da mesma forma que a Secretaria está criando um novo incentivo para eletivas, que possamos refletir sobre um apoio aos hospitais na parte de urgência e emergência”, salientou.

Meritocracia – ainda durante o encontro, a diretoria da Femipa lembrou que, no passado, foi apresentada pela Federação uma proposta de novas formas de avaliação da prestação de serviço para melhor remuneração. Por isso, o presidente Charles London sugeriu que a discussão fosse retomada. César Neves concordou que o modelo de remuneração atual, com base na tabela SUS, está ultrapassado e precisa ser alterado e afirmou que, assim que for oportuno, voltará a discutir a proposta da Femipa. “Temos uma luz no fim do túnel, pois as propostas para a saúde dos candidatos à Presidência da República sugerem que se busque uma nova lógica de remuneração. Precisamos encontrar um modelo que esteja em consonância com os dias atuais, em que prevaleça a meritocracia, mas jamais como está, defasado”, disse.

Caderno de propostas – no fim da reunião, o presidente da Femipa citou que a Federação, tradicionalmente, promove um encontro com os candidatos ao governo do Estado para entrega de um caderno de propostas para melhoria da rede hospitalar filantrópica do Paraná. Ele adiantou que o evento vai acontecer na última semana de agosto e que a diretoria já está trabalhando no assunto. “Traremos nesse documento não reivindicações, mas sugestões do que pode avançar”, concluiu.

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Fonte: Assessoria de imprensa Femipa - Maureen Bertol