Na última parte da sala temática sobre captação de recursos foram apresentados dois cases. A Santa Casa de Maringá conta desde 2011, com um departamento de captação de recursos.

MariaO case apresentado por Maria Aparecida Bertoni Cardoso, responsável pelo departamento, foi o de revitalização do auditório da instituição.  “Em um primeiro momento recebemos ‘não’ como resposta do empresário, mas o abordamos por um outro caminho e conseguimos os recursos. Após a entrega do espaço e de uma homenagem ao doador, renovamos o contrato de patrocínio com a empresa”, contou.

A orientação de Maria é que para o sucesso dessa atividade é fundamental que a direção apoie a equipe que está à frente desses projetos. Além disso, ela ressalta que é preciso ter cooperação interna dos outros colaboradores e investimento de tempo da equipe para realizar pesquisas e treinamento.

Outra sugestão é acompanhar de perto os projetos cadastrados junto ao governo federal para captação de recursos. “É preciso ir à Brasília para acompanhar de perto como está o andamento”, explicou. Outra ação desenvolvida pelo departamento é o relacionamento com os deputados federais e estaduais para intensificar a liberação de recursos de emendas parlamentares.

O segundo case apresentado foi da Santa Casa de Arapongas, um hospital de porte menor. Segundo Antonio Novaes Neto, gestor institucional do hospital, a entidade adota a postura de não usar nenhum dinheiro de custeio para obras, para isso são usadas apenas verbas de doações de pessoas físicas e jurídicas.Neto

Entre as estratégias adotadas pela entidade estão a promoção de eventos, a participação em programas de qualificação aos moldes do HOSPSUS e emendas parlamentares. Uma das ações mais recentes encabeçadas pela santa casa foi a criação do Programa Mãe Araponguense, um termo de cooperação entre o hospital e a prefeitura municipal, que estabelece, por meio da ei nº 13.019 de 31 de julho de 2014. A lei estabelece o regime jurídico das parcerias voluntárias, envolvendo ou não transferência de recursos financeiros, entre administração púbica e organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação para a consecução de finalidade de interesse público.

Para firmar os termos de colaboração dentro dessa lei, Neto apresentou as etapas que devem ser cumpridas como a apresentação de projeto que inclua objetivos, cronograma, prazos, valores a serem repassados, modo e periodicidade de prestação de contas. Além disso, é preciso ter as certidões negativas, atas de reuniões e outros documentos exigidos. Outro alerta foi quanto ao uso dos recursos, que não podem ser empregados, por exemplo, para despesas de taxa de administração, gerência, pagamento de servidor público, multas, juros ou correção monetária, contratação de pessoal que não esteja vinculada ao projeto, publicidade que não seja de caráter educativo ligado ao projeto, entre outros.

Dentro do projeto Mãe Araponguense, tendo como base o Mãe Paranaense – projeto do governo estadual -, foi proposta a prestação em excelência para as gestantes antes, durante e após o parto, promovendo a saúde de mães e bebês com o objetivo de reduzir o índice de mortalidade. O projeto contou com diversos apoios, entre eles o Conselho Municipal de Saúde.

Segundo Neto, por meio das parcerias com as unidades de saúde e toda a cadeia ligada ao atendimento às gestantes, é realizado todo um acompanhamento dessa mãe desde o pré-natal até o parto.