Pesquisa levantou dados qualitativos e quantitativos de quase 2500 instituições de saúde beneficentes do país

O Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas (Fonif) atualizou a pesquisa “A contrapartida do setor filantrópico para o Brasil”, realizada a primeira vez em 2016, e que apresenta o retorno do trabalho realizado por essas instituições em contrapartida à imunidade tributária concedida pelo governo.  Alguns dos dados foram apresentados na palestra magna do 12º Seminário Femipa, nesta quinta-feira, 14, pelo consultor da DOM Strategy Partners e coordenador do relatório, Pedro Henrique de Mello.

De acordo com a nova pesquisa, em média, os filantrópicos são 2,17 vezes mais produtivos que os demais estabelecimentos de saúde do SUS. Além disso, os números demonstram a relevância do atendimento prestado na Saúde brasileira para os pacientes da rede pública, já que 25% dos hospitais do país são filantrópicos. No Paraná, 22% dos hospitais do Estado são filantrópicos, respondendo por 40% dos leitos disponíveis ao SUS. Outro dado que chama atenção é que em 49 municípios paranaenses, o atendimento é realizado apenas por santas casas ou hospitais beneficentes.

Em relação aos procedimentos realizados, em 2017 os hospitais filantrópicos em todo o Brasil foram responsáveis por 4.485.057 procedimentos, sendo que essas instituições realizaram 60% dos procedimentos de alta complexidade. No Paraná, os 112 hospitais filantrópicos ficam com 54% do total de atendimento SUS. No caso apenas dos atendimentos ambulatoriais, atendem 24% do volume no Estado.

“O setor potencializa a capacidade do país de gerar e proteger valor na Educação, Saúde e assistência social para a população, sendo fundamental para o desenvolvimento do Brasil”, afirma Mello.

De acordo com o consultor, o principal objetivo do documento é mostrar não só à sociedade, mas também aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, que as instituições filantrópicas são fundamentais para o desenvolvimento do país. “Esse relatório conseguiu fazer um raio-x da filantropia, mas precisamos fazer com que o estudo chegue à sociedade para, em primeiro lugar, proteger as diversas iniciativas que existem. Além disso, para preservar o setor e garantir uma maior valorização, para que se tenha mais direcionamento de investimento, recursos, doações, voluntariado. Quanto mais essas instituições tiverem apoio da sociedade e do governo, mais retorno elas darão ao país”, garante.

O lançamento oficial da pesquisa será em abril, com a mobilização de uma caravana que irá a Brasília (DF) apresentar os dados ao presidente da República e outras autoridades.

 

Fonte: Assesoria de Imprensa Femipa - Interact Comunicação