Antes contrário à volta da CPMF, o vice-presidente Michel Temer tem se mostrado menos resistente à criação do novo tributo. A aliados, o peemedebista tem afirmado que criar mais impostos nunca é a melhor solução, mas que entende que esse é um caminho para reequilibrar as contas do governo, desde que a taxação seja temporária.

Quando questionado se acredita na aprovação da medida no Congresso, o vice afirma que a articulação que o Palácio do Planalto tem feito com Estados e municípios aumentou a chance de o novo tributo receber o aval de deputados e senadores.

Temer também tem dito reservadamente que nunca foi contra a volta do imposto, mas sim contra a maneira que a presidente Dilma Rousseff decidiu, sem consultá-lo, que iria recriar o imposto.

O vice ainda estava à frente da articulação política quando soube pela imprensa que o governo pensava em recriar o tributo, em agosto. Em seguida, ele alertou a presidente que a medida não passaria nem pela Câmara nem pelo Senado e se recusou a fazer a intermediação com o Congresso.

Devido às resistências, Dilma recuou e desistiu da ideia. O déficit bilionário no Orçamento de 2016, porém, fez com que o governo voltasse a insistir na ideia e começasse a colocar em prática uma rodada de negociação com prefeitos e governadores para conseguir apoio ao projeto.

A ideia é que os recursos arrecadados sejam divididos entre União, Estados e municípios e que possam ser empregados tanto para cobrir o rombo da Previdência quanto para investir em saúde e outras áreas de seguridade social.

Fonte: Isadora Peron – Estadão