A União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas) divulgou durante o 17º Congresso Unidas, que terminou na seta-feira, 05, no Windsor Barra Hotel, no Rio de Janeiro, os resultados de sua Pesquisa Nacional 2014, com dados de 2013, reunindo os principais indicadores sobre beneficiários, utilização, custos, concentração de gastos, internações, entre outros fatores relacionados a 301 planos de 61 entidades. Juntas, as operadoras somam um universo de 3,7 milhões de vidas, representando 68,7% dos beneficiários de autogestão do país.

Os indicadores apresentados na análise revelam o perfil do segmento de autogestão no país, comparado à evolução do setor de Saúde Suplementar. A pesquisa evidenciou um grande percentual de beneficiários de planos de autogestão com idade acima de 60 anos: 882.069 pessoas, ou seja, 23,9% da população assistida. Na pesquisa anterior, com dados de 2012, este percentual era de 22,8%. Em contrapartida, o índice da população desta faixa etária coberta pela Saúde Suplementar é de 11,4%.

Dos 23,9% beneficiários da Unidas com mais de 60 anos, 4,7% têm 80 anos ou mais, segundo a pesquisa. No setor de Saúde Suplementar, o percentual para a faixa etária é de 2%. A análise apontou ainda que, em 2013, 926 beneficiários da entidade de autogestão tinham mais de 100 anos de idade.

Os dados seguem a tendência de envelhecimento divulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com a ONU, entre 2000 e 2050, a estimativa é que a população idosa brasileira passe de 7,8 para 23,6%. No mesmo período, o número de jovens no país cairá de 28,6% para 17,2%. O percentual da população adulta não terá grande oscilação, passando de 66% para 64,4%.

Tendências de mercado

“Nosso objetivo foi identificar as tendências de mercado e saúde para oferecer melhor assistência aos beneficiários da autogestão, melhorando não só a qualidade da atenção prestada, mas também o bem-estar de cada um deles. Por sermos o segmento com a maior proporção de idosos, trabalhamos para manter esses beneficiários nos programas assistenciais de promoção de saúde e prevenção de doenças”, explicou a presidente da Unidas, Denise Eloi, lembrando que a análise tem sido utilizada por prestadores de serviço, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Saúde.

O estudo foi lançado durante o 17º Congresso Unidas, realizado nos dias 30 de novembro e 1º e 2 de dezembro, no Rio de Janeiro. A análise foi feita com 61 empresas que responderam a pesquisa quantitativa via web, em questionário com 44 perguntas. O levantamento ficou disponível entre os dias 18 de agosto e 31 de outubro de 2014, nos servidores de internet do Instituto Performa.

Fonte: Monitor Mercantil