marsal 2A visão integral do hospital em todas as suas áreas – e não só nas diretamente envolvidas com o atendimento ao paciente – foi a estratégia adotada pelo Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, para implantar a Gestão de Risco, que levou o hospital a ser considerado hoje um dos melhores do país. O case empresarial foi apresentado pelo superintendente e controlador de Finanças da instituição, Carlos Alberto Marsal, no painel de encerramento da 6ª edição do Seminário Femipa, que contou a moderação do presidente da instituição, Luiz Soares Koury.

O Sírio Libanês é uma sociedade beneficente com 372 leitos e que atende anualmente cerca de 921 mil pacientes. O hospital conta com corpo clínico de 3.790 médicos e mais 4.700 funcionários. A receita bruta da instituição atingiu em 2012 aproximadamente R$ 1 bilhão, oriunda 60% dela de recursos recebidos de convênios.

Em um aparelho tão grande e complexo, implantar a gestão de riscos não é tarefa fácil. De acordo com Marsal, a instituição enfrenta desafios parecidos com os de outras instituições do mesmo ramo, como a tendência ao aumento de custos, necessidade constante de investimento em novas tecnologias, desperdício e um custo elevado, uma vez que o sistema de saúde privilegia a cura e não a prevenção.

 

Por outro lado, segundo ele, há um aumento na exigência da clientela e dificuldades sociais, uma vez que há excesso de oferta para a população de alta renda e demanda reprimida para a parcela mais carente.

O meio encontrado pelo hospital para enfrentar esses desafios foi adotar uma gestão de risco ampla, que envolve riscos nas áreas assistencial, administrativa, financeira, filantrópica, ambiental e todas as outras, de forma integrada. Este é um processo que passou ao longo do tempo a ser incorporado totalmente ao processo de gestão e que conta com o envolvimento da cúpula decisória da instituição. Além da melhoria da qualidade, a gestão de riscos se mostrou apta a identificar eventos adversos, proporcionando proteger tanto os pacientes quanto a segurança financeira e a reputação do hospital.

 

Na opinião de Marsal, as diversas acreditações são parte importantes desse processo, pois promovem a integração entre as diversas áreas da gestão de risco e fortalece a preocupação com a qualidade como meta de gestão. “Esse pensamento nos levou a buscar a integração e fortalecimento da cultura de gestão de riscos e a uma revisão e complementação de regulamentos, normas e procedimentos, principalmente aqueles referentes aos processos administrativos e de apoio. É preciso atacar não só uma parte do problema, mas a situação como um todo”, comentou. Além disso, todos os procedimentos passam por um processo de melhoria contínua, com avaliação constante dessas melhorias e acompanhamento rigoroso de indicadores de forma integrada.

Conheça a seguir os oito pontos destacados por Marsal na gestão de riscos do Hospital Sírio Libanês, que tem levado ao sucesso do programa:

  1. Garantir relevância estratégica para a gestão de riscos perante o planejamento estratégico da instituição;
  2. Criar políticas com parâmetros para todas as áreas, estabelecendo ritos de melhoria contínua;
  3. Garantir recursos para gestão de riscos, que podem ser aplicados, por exemplo, em investimentos, campanhas educativas, acesso a boas práticas, comunicação e programas de incentivo;
  4. Apurar custos. Levantar custos relacionados ao controle de prevenção e avaliar custos decorrentes de falhas;
  5. Identificar processos de alta relevância e alto risco e tratá-los prioritariamente;
  6. Definir prioridades e aproveitar boas experiências;
  7. Rever ferramentas de controle existentes com foco em riscos e
  8. Comunicar em todas as fases do projeto e para todos os públicos necessários.

Fonte: Assessoria de Comunicação Femipa
Jornalista Karla Losse Mendes