Profissionais da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná e da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa) participam hoje (19) e amanhã (20), em Curitiba, do primeiro workshop para implantação do projeto de rede de cuidados continuados integrados aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

A proposta é desenvolver um projeto piloto no Estado readequando a equipe técnica e a estrutura de um hospital de pequeno porte para atender uma nova gama de serviços necessários aos cuidados da população. A experiência também está sendo testada nos Estados de São Paulo, Piauí e Mato Grosso do Sul.

Paulo Carrara, representante do Cealag

Cerca de 15 pessoas estão conhecendo a proposta do programa a partir de apresentações da médica espanhola Montserrat Doez, diretora técnica da empresa Gesaworld, Liliana Ramalho, psicóloga, especialista em políticas públicas diretora da Gesaworld em Portugal, e Paulo Carrara, do Cealag, de São Paulo.

Na tarde de hoje, os participantes terão acesso aos conceitos do assunto. “Iremos consituir uma equipe técnica dentro d secretaria, para que eles sejam protagonistas do processo de implantação do projeto”, afirmou Montserrat.

O modelo, referência em países da Europa, visa dar respostas às necessidades de determinados grupos de pacientes como pessoas com doenças e dependência funcional, pacientes com pluripatologias crônicas e terminais e idosos com necessidades sociais e de saúde. Com a constituição da rede, pacientes com esses perfis ou que se recuperam de procedimentos cirúrgicos podem receber atendimento nessas unidades, próximo da família, sem a necessidade de ser transferido para os grandes hospitais, o que amplia o acesso e garante mais eficiência ao sistema.

Montserrat Doez, diretora técnica da Gesaworld

O programa engloba três grandes fases: diagnóstico e seleção de experiências iniciais; preparação das unidades e equipes, início da experiência piloto; acompanhamento e avaliação das experiências.

Nesta primeira fase, de acordo com a médica, a participação da Femipa e dos profissionais da Secretaria é fundamental, pois irão contribuir para o diganóstico das necessidades, a definição do modelo a ser adotado e a identificação de prioridades. “A consultoria irá proporcionar a transferência de conhecimentos fundamentais para o desenvolvimento do projeto”, afirmou Montserrat.

Segundo Paulo Carrara, a mudança de perfil do paciente e das doenças que levam à mortalidade no país aponta para a necessidade de mudar a forma de tratamento ao doente. Segundo o Datasus, entre 1995 e 2011, caiu o número de internações no país, em contrapartida o número de atendimento ambulatorial aumentou consideravelmente. “Precisamos vocacionar os hospitais. As estruturas devem estar adaptadas aos novos desafios e perfis da população”, afirmou o consultor.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação Femipa