O ano já começa colorido: o Janeiro Verde é o mês dedicado para a prevenção contra o câncer do colo do útero que, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer) é o terceiro mais comum entre a população feminina, deixando de lado o câncer de pele não melanoma, e também a terceira causa de morte em mulheres pela doença no Brasil.

“A infecção persistente pelo HPV (Papilomavírus Humano) do tipo oncogênico é uma condição necessária para o desenvolvimento do câncer de colo uterino, sendo esse o principal fator de risco. Outros fatores também são: início da atividade sexual em idade precoce, múltiplos parceiros sexuais, uso de anticoncepcional oral entre outros”, explica o cirurgião-oncológico e oncoginecologista da Uopeccan de Cascavel Paulo Dondoni.

Apesar dos dados que chamam a atenção, a doença pode ser evitada com medidas aparentemente simples, mas eficazes: vacinação contra HPV, exame de Papanicolau (preventivo) e uso de preservativo.

Ainda segundo o médico, a vacina é essencial. “A vacina contra HPV reduz em torno de 80% o surgimento das lesões precursoras do câncer do colo uterino, ela deve ser realizada antes do início da vida sexual ativa”.

A recomendação é para que meninas de 9 a 14 anos recebam as duas doses da vacina e meninos com idades entre 11 a 14 anos também recebam, conforme o calendário de vacinação do SUS. Ainda que esse câncer em específico não atinja homens, eles podem transmitir o HPV para mulheres.

Como detectar o câncer do colo do útero

Nas fases iniciais da doença, o câncer uterino é assintomático. Por isso, o exame Papanicolau deve ser feito com a periocidade indicada: todas as mulheres que têm ou já tiveram atividade sexual, especialmente mulheres entre os 25 e 59 anos. Caso não apresente alteração, o exame deve ser feito no ano seguinte e, se novamente estiver normal, deve ser feito de 3 em 3 anos, conforme o Ministério da Saúde. Para fazer o exame, basta procurar a Unidade Básica de Saúde (Posto de Saúde) mais próxima e agendar.

Já em casos mais avançados, os principais sintomas incluem: sangramento vaginal anormal, sangramento menstrual mais prolongado que o habitual, secreção vaginal incomum, com um pouco de sangue, dor na região pélvica. Em casos de dúvida, a principal orientação é para sempre buscar um médico especialista na área.

Como se consultar com oncoginecologista na Uopeccan?

Para agendar uma consulta através dos convênios ou de forma particular na Uopeccan, basta ligar no (45) 2101-7132 e solicitar pelo especialista ou (44) 2031-0773. Em casos de pacientes do SUS, primeiro é necessário procurar uma Unidade Básica de Saúde e, casos suspeitos, são encaminhados para o hospital para uma avaliação minuciosa.

Fonte: Uopeccan