A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) recebeu nesta quinta-feira (24) a visita técnica de representantes da Coordenação de Arboviroses do Ministério da Saúde (MS) para discutir e apresentar estratégias de implantação de novas tecnologias para o enfrentamento, prevenção e redução dos impactos causados pelas arboviroses (dengue, zika vírus e chikungunya) no Paraná.

O evento, que segue até sexta-feira (25) em Curitiba, reúne profissionais da Vigilância Ambiental da Sesa e representantes de quatro municípios paranaenses (Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá e Curitiba), aos quais foi apresentado um estudo de estratificação de risco a partir das áreas com maiores ocorrências de casos prováveis de dengue.

Além das tradicionais estratégias como a borrifação de inseticidas e eliminação de criadouros do mosquito, novas intervenções poderão ser incorporadas, como o uso da Wolbachia – uma bactéria introduzida nos mosquitos que impede a transmissão das arboviroses, reduzindo a incidência da doença nos humanos; a liberação de mosquitos estéreis; estações disseminadoras de inseticidas, que utilizam potes com água recobertos por tecido sintético impregnado com larvicida; borrifação residual intradomiciliar de inseticidas; entre outras.

“O Paraná vem realizando diversas ações para o combate ao Aedes aegypti e este é mais um passo importante para, além de estreitar relações entre o Estado e a União, fortalecer o enfrentamento, reduzindo, desta forma, o número de casos confirmados e óbitos no Paraná”, disse o secretário de Estado da saúde, Beto Preto.

De acordo com a coordenadora-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Lívia Vinhal Frutuoso, a proposta é utilizar um conjunto de estratégias para que os resultados no combate às arboviroses sejam mais efetivos, principalmente nos pontos de maior incidência de casos. “A ideia é direcionar os esforços nas áreas mais críticas dos municípios e manter as outras em monitoramento com ações pontuais. Acreditamos que a concentração de esforços em pontos específicos terá grande efetividade”, explicou.

A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes, enfatizou que as ações promovidas pelo Poder Público são de extrema importância, mas a participação da população é fundamental para um combate efetivo ao mosquito.

“As novas estratégias são muito bem-vindas para aperfeiçoar o enfrentamento das arboviroses no Paraná, esse trabalho articulado com o Ministério da Saúde e os municípios é muito importante, mas precisamos reforçar o papel da população. Os resultados só serão satisfatórios com a participação de todas as comunidades. Precisamos da conscientização de todos para manter em dia a limpeza dos quintais e residências, evitando dessa forma, a proliferação do mosquito”, finalizou.

CENÁRIO – Nesta terça-feira (22), a Sesa publicou o primeiro boletim do novo período epidemiológico 2023/2024. De acordo com o informe, foram confirmados 188 novos casos de dengue no Paraná. Com relação a chikungunya, foram confirmados dois casos autóctones – contraídos no município de residência do paciente – e nenhum óbito. Não há registro de casos confirmados de zika.

No último período sazonal da dengue (2022/2023), foram registradas 108 mortes e 135 mil casos confirmados de dengue. De chikungunya foram 900 casos confirmados e três óbitos. Não houve confirmação de casos de zika.

Fonte: Sesa